Não meus amigos, não pensem que venho para aqui falar-vos de experiências transcendentais, sobrenaturais ou afins.
Nada disso.
Em boa verdade, há tanta coisa que transcende a minha compreensão, que penso seriamente criar uma rubrica com este nome!
Gostaram? Criar uma rubrica, num blogue com meia dúzia de meses... Isto é que pensar em grande! :-D
Bom, voltando ao tema: está para lá da minha compreensão, o dom da omnisciência que possuem algumas pessoas. Perdão, prodigios, raridades que há por aí, sem que ninguém nelas repare. É um ultraje, uma infâmia, que erradamente lhes chamemos "más-linguas".
A quantidade e qualidade de informação que passam, através dos vários dons, quais deuses da bisbilhotice alheia, é tal, que, por vezes, chegamos a duvidar da nossa própria vida!
Por exemplo, eu já fui posta fora de casa pelo homem, ao fim de duas semanas de casamento! Pior: bati desalmadamente à porta, furiosa por nem sequer me ter deixado trazer as malas e os sapatos, pondo a música em altos berros para não me ouvir, até que desisti e fui embora. (*) Só para verem o poder destes prodigios: eu não sabia que isto tinha acontecido. Nem o homem. Muito à frente, saberem de coisas que nem os próprios sabem! Quais videntes, quais feiticeiras, qual quê! Estas pessoas talentosas é que sabem! Aliás, nem sei como não se cobram por estes serviços, tão úteis à nossa sociedade! São umas benfeitoras! Já consigo imaginar os cartões de visita: "Albertina Miranda. Tudo o que sei, vejo da minha varanda." Ou "Antero Sobral. Tudo atinjo através do meu quintal". Bonito. Depois, se precisarem, aqui a Caracol trata-vos da redes sociais e conheço uma pessoa espetacular com muito jeito para os grafismos, se quiserem assim uma coisa gira e em grande. É só dizerem! Ou mandarem dizer, que também é usual.
* Cenário real: o homem, depois de 12 horas de trabalho, aterrou no sofá. Sabe-se lá porquê, naquele dia, fechou a porta por dentro, impossibilitanto qualquer entrada em casa. O som que saía de casa, eram os telefones a tocar, já que socorri de tudo que fizesse barulho. Ao fim de algum tempo, desisti e enviei-lhe sms a avisar que iria para casa dos sogros (onde era suposto irmos almoçar), quando acordasse, que fosse lá ter. Só isto. Bem vistas as coisas, a outra versão é bem mais engraçada. O que, assim de repente, me lembra outra vantagem deste dom: divertem-nos. :-)
...do meu coração. Riquezinha da minha alma. Sol que me ilumina o dia (bem, hoje nem por isso, está tudo cinzento).
Eu sei que disse para este ano não trocarmos presentes. Eu sei que já me deste aquelas botas giras que vi no outro dia. Eu sei que fui eu que disse que era um disparate, que a nossa fase lamechas e pirosa já tinha passado (tu que o digas, não é riqueza? =) e tal e coiso. Mas... Ontem o Berlinde roeu uma almofada do sofá e tu sabes que era a minha preferida, que ele fez aquilo só para me chatear, porque não lhe estava a dar atenção. E hoje vi esta:
Eu sei, eu sei, é uma almofada mal criada. E farto-me de dizer que agora temos que ter mais tento na língua, com crianças a visitarem-nos. Mas posso sempre inventar uma lendasita bonita e cutxi-cutxi com estes palavrões. Que, na realidade, não são palavrões, são palavras mágicas que não podem ser pronunciadas em voz alta, sob pena de abrirem magicamente o frasco da pimenta, que ficará enraivecido por ouvir a sua frase de libertação e desatará a apimentar a língua de toda a gente. Invocará mais frascos de pimenta, criando um exercito picante que destruirá toda e qualquer papila gustativa que encontre, e arruinará os cozinhados, visto que não haverá pimenta à venda, encontrando-se todos nesta demanda picante.
Bem, talvez seja um bocadinho rebuscado, e complexo para miúdos de... Hmm, 5, 4 e 12 meses. Ou para as crianças de 4 e 8 anos. Mas percebeste a ideia.
Além disso, é perfeita para mim, que não acredito em nada sobrenatural e coisas assim. E e azul, portanto fica muito bem na nossa decoração.
Vá lá fofusco, pensa no assunto, mas com carinho, está bem?
Podes encontrá-la na Oporto Lobers que, a propósito, tem mais coisas giras. Mas isso, fica para outra altura, não te quero sobrecarregar. =)
A começar logo ali, aos primeiros minutos, com montes de zombies a invadirem a prisão, rodeando o tanque esquecido e abandonado, um cavalo exangue, decompondo-se no meio da erva. Lembrou-nos alguns episódios da primeira temporada, uma nostalgia boa que nos faz prever uns episódios em pêras!
Adorei o Carl neste episódio. A fúria contra o pai por os ter mantido aprisionados a um sonho que não existia: um lugar seguro. O ensinar a plantar couves, ao invés de ensinar a sobrevivênciaO ataque directo e revoltado, acusando-o de nunca salvar ninguém, nem a mulher, nem a filha. Só o achei um bocadinho "cobarde" ao dizê-lo enquanto Rick estava inconsciente. Mas, talvez fosse mesmo só pelo desabafo e não por o sentir verdadeiramente. Aliás, ele recua bastante na sua posição de eu-sou-mais-forte-do-que-tu-e-não-preciso-de-ti-para-nada, quando se apercebe da possibilidade do pai ser um morto-vivo. Parei de respirar nessa cena, temendo que Carl lhe desse um tiro. Mas não... Ufa!E o seu humor ao escrever na porta: "Morto-vivo aqui dentro. Apanhou o meu sapato, mas não me apanhou!" Muito bom!
Foi muito, muito bom, conhecer a Michonne. Afinal, ela não é desprovida de sentimentos. Cheguei a pensar que sofresse de Sindrome de Aspenger. Se bem que tal fosse improvável, face à reacção com Judith e ao instinto protector que tinha com Carl. Gostei mais dela e quero conhece-la melhor, saber quem era o bébé das memórias e o que lhe aconteceu. E aqueles dois homens? Seriam os mortos-vivos de estimação que passevam com ela no começo?
Só houve uma falhazita: Fox, o Carl estava a comer pudim e não molho. Seria estranho uma pessoa engolir 3 litros de molho do que quer que fosse.
E sai um grande bocejo para Castle! Não me levem a mal, pessoal Casckettiano, mas a verdade é que a série tem sido... Mais do mesmo. E não é no bom sentido. Ou aquilo leva uma reviravolta valente, ou corre sérios riscos de se tornar uma novela mexicana e, consequentemente, sair da minha lista de gravação semanal. Castle sempre foi uma boa série. Leve, cómica quanto baste e com aquele romance "ora fica, ora vai"de Kate e Rick. Havia aquelas teorias malucas de Castle para desvendar os casos. Havia aquelas cenas de perigo em que paravamos de respirar e pestanejar, não fosse um deles morrer a qualquer instante. Havia reviravoltas na trama. Agora, de cada vez que há um caso estranho, o Rick não precisa abrir a boca, eu já sei que vai sair máfia, CIA ou qualquer entidade do genéro. De cada vez que um dos protagonistas está em perigo, já nada temo, porque sei que, na realidade, não morre ninguém. Talvez o problema seja esse. Acho que deviam matar algum personagem, dar algo novo à série. Por exemplo, no episódio de incêndio: estão lá o Ryan e o Javier completamente pedrados de monóxido de carbono e safam-se os dois! Tudo bem, o Ryan ia ser pai no mesmo dia... O que me lembra outra cena descabida: então a Jenny tem a miúda na ambulância e não fica com um cabelinho fora do sítio?! Nem uma gotinha de suor?! Eu sei que com concentração e tal, a coisa é capaz de se resolver, mas daí a manter a base colada à cara e o rabo de cavalo perfeitamente amarrado, vai uma grande distância! Vá lá, ao menos a miúda não nasceu limpinha e lavadinha, vá lá! Castle deu-nos excelentes episódios nas temporadas anteriores - assim de repente, lembro-me de 4 ou 5 - mas nesta, honestamente, não me ficou nenhum gravado. Talvez o primeiro, e mesmo esse, só os primeiros 15 minutos... No entanto, eu acho que toda a gente merece uma segunda oportunidade, por isso vou ver o que sucede até ao fim da temporada, se aguentar! O me leva a outro assunto, esse sim bastante sério e bem mais dramático que todas as temporadas juntas.
Beckett, o que é que te deu? Onde é que tu tinhas a cabeça, quando equacionaste a hipótese de levar este vestido ao altar?
Tu ensandeceste mulher?!
Que raio de vestido é este?! Foi a tua tetra-avó que te emprestou?! E esses reposteiros aí de lado?! Qu'é qu'é isso?! Se fosse só a parte cinzenta, seria menos mau, mas mesmo assim...
Eu compreendo que a série esteja mortiça, mas não admito que TU te deixes levar!
Tu que te deves levantar 3 horas mais cedo só para pores o eyeliner (Ai, o teu eyeliner!), tu que tens vestidos de fazer parar o trânsito (Ai, os teus vestidos! E os casacos! E as blusas!), tu que persegues criminosos de salto alto, como te deu para isto? Quero acreditar que isto seja estratégia, que no final vais escolher outro vestido, deixando-nos de queixo caído e a magicar onde raio o foste desencantar. Talvez seja isso, não nos iam mostrar logo assim a tua indumentária matrimonial, não é verdade? Tem que ser isso! São as más linguas! Mas, pelo sim, pelo não, vou acender uma velinha aos santinhos das séries... Não vá o diabo tecê-las e dar-te para estas loucuras, provocando uma síncope cardíaca geral nos espectadores.
Vou rever os teus melhores momentos e esquecer aquele teu deslize.
O tema que anda nas bocas do mundo...Ou talvez só de Portugal.
Não frequentei a faculdade, sendo, portanto, nula a minha experiência nas humilhações praxes académicas.
Já na secundária, quando ponderava uma possível vida universitária, sempre achei que seria anti praxe. Só de me imaginar no meio de meia dúzia de animais pessoas aos berros a darem-me ordens estapafúrdias, era coisa para me pôr uma semana barricada em casa. Logo eu, com o meu ar de-não-faço-mal-a-uma-mosca, aliado à coroação de totó do ano, faço pequena ideia, seria como carne fresca no meio de hienas famintas.
Há muitos defensores das praxes, cada um com a sua teoria certeira de integração (onde?), acesso a apontamentos e regalias estudantis (mas não é suposto fazer isso nas aulas?), tradição, e tudo, e tudo, e tudo... Mas há coisas que não me entram na moleirinha.
Nem tudo na praxe é mau e a praxe, sobretudo a caloiros, não tem necessariamente de ser uma má experiência. Eu acredito nisso, mas daí a que isso exista em toda e qualquer faculdade ao virar da esquina, vai uma grande diferença! Em primeiro lidamos com humanos, logo o que será aceitável para alguns, para outros será uma vergonha. E se estes últimos abrirem a boca é bem provável que oiçam uma missa bem gritada cantada sobre a sua ausência de direitos. Por acaso, de tudo na praxe, aquilo que mais espécie me faz é mesmo isso: a dignidade. Ou a falta dela. E a arrogância de quem praxa.
Pronto, nesta altura estarão já a pensar em generalizações absurdas, feitas com base em meia dúzia de reportagens, que, só por acaso, não assisti. Não é nisso que me baseio.
Diz que há uma regra, parva que nem sei quem a assumiu como tal, que o praxado não pode olhar diretamente para quem o praxa. Se isto não é arrogância e perda de dignidade, para não falar em respeito e igualdade, então não sei o que é! O que é um fulano(a) mais que o outro? Ou tem mais que outro? Onde é que isso contribui para uma boa integração de pessoas novas, num sitio desconhecido? Claro que eu posso levar a praxe como uma brincadeira, onde faço meia dúzia de parvoíces, às vezes para integrar num determinado grupo, e até me divirto e passo um bom bocado. Mas e se eu, enquanto caloiro (nem sequer me refiro a outras praxes), não quiser "cumprir" determinada "ordem"? Como faço? Digo que não, e depois? E se eu sofrer algum tipo de represália?
Tem que existir uma hierarquia? Tudo muito certo, na secundária também havia: alunos, funcionários, professores e conselho diretivo. Ponto. Onde está a direção da faculdade, alguém que hierarquicamente esteja acima de todo e qualquer aluno, numa praxe? Talvez se estivesse, não haveriam tantos abusos.
Mais uma vez, e só para terminar, nem tudo na praxe é mau. Se calhar, se substituíssem aquilo que chamam de rituais de boas-vindas e integração, por outras atividades melhorariam bastante a qualidade das tradições. Claro que este assunto, agora nas bocas do mundo, vai morrer ali, ao pé da praia. ( E não, não pretendo fazer trocadilhos com o caso do Meco).