A burocracia portuguesa é uma coisa espectacular! Nunca deixa de nos surpreender, seja pela quantidade de formulários que é necessário entregar, seja pela quantidade de serviços por onde a informação passa. E nós nunca vamos ao sítio certo. Ou é mais acima. Ou é mais abaixo. Ou é com o colega. Ou é na porta ao lado. Enfim, vamos sempre ao sítio errado, quais analfabetos que não sabem interpretar as regras simples do nosso sistema.
E a Segurança Social? Esse serviço espectacular, sempre tão acessível e esclarecedor! Ah, como é bom lá entrar e sentir que ali reina a harmonia que contribui para que a papelada seja devidamente tratada, sem demoras para o contribuinte. E como facilitam a vida a quem trabalha, recebendo sempre muito bem quem lá se apresenta muito perto da hora de fecho ou de almoço. São uma simpatia nestes casos, e podemos sempre contar com a sua calma para um atendimento esclarecedor e (d)eficiente.
Mas há algo em que nosso sistema é único: na capacidade que tem de fazer requisições para abonos, em nome de contribuintes que já não o são. Não acreditam? Deixem-me contar-vos o meu caso: Por esquecimento da médica de família, que só me passou a declaração a comprovar gravidez aí pelos 5 meses, requeri o abono pré-natal mais tarde, por volta daquele tempo gestacional. Até aqui, tudo muito bem, houve esquecimento por parte da médica (não a podemos julgar, eu também não gosto de dar prejuízo ao meu patrão),mas os papeis deram entrada na SS no mesmo dia em que foram emitidos.
Passados quase 2 meses, resolvi, assim como quem não quer a coisa, passar por lá a perguntar como estavam as coisas. Não que seja preciso, toda a gente que a SS funciona sempre bem e não é nada morosa. Adiante, lá fui eu perguntar se já se sabia alguma coisa, se o processo estava em andamento ou se era preciso empurra-lo. Depois de muito verificar, escutei o nome da senhora minha mãe. Respondo prontamente que sim, era descendente daquela utente, julgando tratar-se de uma verificação desse género. Mas não, meus caros. A requisição estava mesmo feita em nome da minha mãe! Não é espectacular? Uma pessoa já falecida poder fazer pedidos de abono? Eu acho uma habilidade fantástica por parte do nosso sistema, a possibilidade de se pedirem o que quer que seja em nome de um contribuinte já falecido e cujo o número de social social não deveria estar activo.
Isso é, defacto, o que me transcende: não me admirava se lá chegasse e me dissessem que, por lapso, o requerimento tinha entrado em nome da dona Silvina da Cruz, desde que a tal Silvina estivesse VIVA, que julgo ser um requisito básico para pedir o que quer que seja. Porém, pelos vistos é possível que os defuntos usufruam de abonos. Eu cá não sei, nem quero ser má língua, mas cheira-me que aquele pessoal anda ver demasiada Tv, nomeadamente uma certa série de mortos-vivos...
Ter noção que isto irá, inevitavelmente, acontecer (espero que só daqui a uma porrada de tempo):
- O meu filho vai portar-se mal e fazer asneiras;
- O meu filho Vai fazer birras do pior e quando/onde eu menos esperar;
- O meu filho vai arranjar desculpas para não comer a sopa (ou qualquer outro alimento),vai fazer fita e cerrar os maxilares como se não houvesse amanhã;
- O meu filho vai dizer palavrões;
- O meu filho vai fingir que não conhece as regras e tentar instituir as suas próprias leis, que serão, preferencialmente, nenhumas;
- O meu filho não será (nem eu o queria) perfeito, será sempre mais qualquer coisa, mais especial, mais bonito aos meus olhos, mas não perfeito.
Assim como os seus pais não o são.
Cabe-nos a árdua, por vezes ingrata, tarefa de educar, com tudo o que isso implica. Certamente seremos bem sucedidos algumas vezes, mas não tenho dúvidas que falharemos em igual número. Porque educar não é matemática, não é uma ciência exacta e é necessária uma certa dose de calma, paciência e firmeza. Mesmo que isso implique ficar com os nervos em franja e com o coração dorido.
Para comemorar a enormesca quantidade de visitas que já teve, A Caracol vai oferecer um chocolate!
Não é o máximo? E não pensem que é um chocolate foleiro, de marca branca, ou que estava aqui esquecido na despensa e já quase passou o prazo de validade. Nada disso. Vocês merecem um chocolatinho melhor, meus doces leitores! Desta feita, fica aqui assente que oferecerei um Jubileu Extra Cacau 70%! Gostava de poder dar-vos uma tablete da Equador - que vocês merecem o melhor! - mas não tenho orçamento para isso. Talvez para a próxima. De qualquer forma este Jubileuzinho não vos irá desiludir, com toda a certeza! E ainda por cima é dos mais saudáveis. Penso ou não penso em tudo, hã?
E o que têm vocês que fazer? A coisa mais simples, mais fácil deste mundo: ir ao facebook d'A Caracol e fazer gosto na página. A centésima pessoa, ficará com a boca mais docinha!
Vá despachem-se, que aquilo já vai nos 70 e tal gostos!
Mais de MIL visitas? Mas mil com os zeros todos? Todinhos? Assim, 1000? MIL?
Eia, c'um caraças!
As estatísticas do sapo blogs dizem que, no último meio ano, este pequeno e acolhedor espaço teve perto de 1.600 visitas.
Isso quer dizer que pessoas pararam por estas bandas, para ler as minhas parvoíces, 1,600 vezes.
Eh pá, espectacular!
Se pudesse beber, era gaja para mandar abaixo um gin tónico. Como não posso, vou contentar-me com um suminho de maracujá.
Claro que tudo isto é muito bonito e fantástico e espectacular, mas a verdade é que vos devo estes números. Sem vocês, que por aqui vão parando, não haveria motivo de festejo.
Muito, e muito obrigada. Mil e seiscentas vezes obrigada.
Prometo continuar a disparatar q.b. e tentar alegrar um bocadinho os vossos dias.
Isso e instalar um contador de visitas decente aqui para o estaminé. =)
É sabido que o mulherio não pode ouvir falar de malas. Qualquer tipo de mala: para o ginásio, para o dia-a-dia, para a cerimónia x, para combinar com a indumentária y, ou só porque sim.
Ora, têm-me azucrinado a moleirinha porque ainda não tenho o saco para a maternidade pronto. E porque já vou quase para os 8 meses e aconselham ter tudo pronto aos 7. E porque o crescimento da barriga é desproporcional à vontade de fazer o que quer seja. Enfim, só argumentos a favor da dita, como se já não bastasse todo o universo de malas existente, ainda existe todo um universo de malas de maternidade! Espectacular! E ainda por cima é uma mala de extrema importância e utilidade, não é preciso desculpas para a adquirir. O sonho de qualquer mulher.
Ando muito indecisa nesta escolha, já vagueei pelas lojas, deambulei por essa internet fora, mas ou é tudo muito vulgarzinho (sem ofensa para a vulgaridade), ou é tudo lindo, e fofo, e elegante, e sóbrio, sem demasiada macacada,e... Caro. Mas, pronto, isso é só um detalhe que pouco importa.
Ora apreciem lá as minhas eleitas e digam-me se são, ou não são de babar:
José Rodrigues dos Santos (um dos meus autores portugueses predilectos), lançou há uns aninhos este livro:
E se a Al-Quaeda tiver uma bomba atómica? E se planearem um ataque numa cidade europeia? É de facto o Islão, enquanto religião, culpado pelo pensamento terrorista? Quem são, afinal, os radicais islâmicos? O que os move? Em que acreditam? Como se organizam? Em que consiste a Jihad?
Tudo o que sempre quiseram saber sobre o islamismo, os radicais e o terrorismo encontra-se nestas 608 (não se assustem, desfolham-se num instantinho) páginas de puro deleite literário.
Li-o há uns anos, e recomendo vivamente a quem quiser aprofundar esta questão com o rigor e integridade que caracterizam a escrita de Rodrigues dos Santos.
ESTE texto é tão real e tão bom que merece ser partilhado.
Porque ninguém gosta das outras. Apenas fingem gostar e não saber.
Na realidade, toda a gente sabe, toda a gente suspeita, toda a gente critica e toda a gente se afasta. Porque "tentar ajudar, cansa". Ainda mais quando as outras não querem ser ajudadas e se acham bem encostadas.
Leiam lá o texto, não pensem muito no assunto (a não ser que sejam outras (os) de alguém) e tenham um bom fim de semana, que afinal parece que não chove.