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A Caracol

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

É a vida

Quando te disserem que vais chorar como uma madalena aquando a entrada da tua cria na creche, não acenes com a cabeça automaticamente, não revires os olhos e muito menos penses para ti 'Credo, que exagero! Vai como os outros. É a vida!', porque, embora vá como os outros, não é como eles: é teu. E isso faz TODA a diferença. Acabei de preparar a mochila do Mário para o seu primeiro dia de creche. A tarefa até começou bem, com algum entusiasmo, quase como se fosse eu a regressar à escola, e terminou com um coração apertadinho e uma mochila salpicada de lágrimas teimosas. Espero que seque até amanhã. A mochila, porque as lágrimas não vão desaparecer, nem hoje, nem amanhã. Nem durante o resto da semana.

Só eu...

Não quero ser mais que ninguém, mas há coisas que só eu consigo fazer. Atentem neste diálogo de há dias, quando o telemóvel do homem padeceu de uma maleita: Homem (furibundo): Onde é que está o teu telemóvel?! Estou farto de ligar!!! Liguei-te 20 vezes nos últimos 10 minutos! (Pequeno à parte: ele tinha acabado de sair do trabalho. Demora, no máximo, 4 minutos a chegar a casa. Há um claro exagero no tempo. Bem como no número de chamadas quando confirmei só tinha 7. Pffff homens!... Continuemos.) Eu: Está em silêncio, no bolso do casaco, que está pendurado no cabide. Mas se era assim tão urgente ligavas para o fixo que está sempre audível. Ele: Se soubesse o número, até tinha ligado... Eu: Ligavas-me que eu dizia-te. E é isto. Escusado será dizer que se seguiram alguns impropérios proferidos pelo homem, que eu sou uma senhora não digo asneiras, só mesmo parvoíces.

Obrigada pai,

Por todas as vezes que me deste colo. Por todos os abraços com cheiro a Old Spice e a SG Ventil. Por todos os beijos picados pela barba de vários dias. Pelas pistas de dança que abrias na sala e às quais me esquivava sempre. Por nadares comigo às cavalitas. Por teres, sem sucesso, tentado ensinar-mra nadar e a jogar futebol. Por me teres ensinado a andar de bicicleta. Por me teres dado cabo da mona quando dela caía, enquanto tratavas dos arranhões. Por me teres ensinado a jogar damas e à sueca. Por me teres ensinado técnicas de defesa pessoal, como dedos nos olhos, pontapés em abonos de família e cotoveladas na traqueia. Por me ensinares que a humildade é de valor e jamais sairá de moda. Por me teres elucidado, de forma bastante literal e eficaz, o caminho que não quero seguir. Por me teres dito, tantas vezes que não as consigo contar, 'amo-te filha', sem nunca teres escutado um 'amo-te pai'. Se soubesse o que sei hoje, ter-te-ia abraçado mais vezes, beijado o teu rosto moreno com mais afinco, bailado contigo mais vezes (mesmo sendo o meu senso de ritmo nulo) e sem duvida, jamais deixaria um 'amo-te filha' sem resposta.

Obrigada ainda por esta grande lição.

As alegrias da maternidade

Dizem frequentemente que ter um bebé é sinónimo de ter uma casa cheia.

É a mais pura das verdades.Tenho, efectivamente, a casa cheia: brinquedos no chão da sala (sim, sim, é só um bebé de três meses e meio, não estarás a exagerar? Não pessoas, não estou. O que raio acham que é um ginásio?!); fraldas de pano em tudo quanto é divisão (nunca se sabe onde pequena pessoa regurgitará a refeição); a bomba e os sacos de conservação de leite são o último adorno da minha mesa de cabeceira, juntando-se aos toalhetes e à meia dúzia de fraldas que lá moram.

 No quarto do pequeno, arrumadinho a um canto, há todo um conjunto de fraldas, em jeito de stock de bazar, assim como de toalhetes, que não queremos que lhe falte nada.

O seu bólide também é digno de nota, assim como aquela pequena prateleira que lhe vem agregada, onde estão - pasmem-se! - mais brinquedos, uma manta e - pasmem-se outra vez! - uma fralda de pano.

O redutor e o seu pato de borracha já têm lugar guardado na casa de banho, assim como a sua mala (enooooorme!) e casaco marcam presença no cabide.

O seu leitinho já ocupa quase uma gaveta congeladora e a sua roupa suja cresce como cogumelos, tal como as suas fraldas imundas.

Posto isto, sim, ter um bebé é ter uma casa cheia... De (mais) tralha!

 Já se sabe que não vale a pena reclamar, ao que parece que vem tudo incluído no pacote e não há volta a dar. É aguentar, lavar, limpar, guardar e arrumar!

 

Caros Senhores do Discovery,

Um conjunto de peixes, independentemente de serem carapaus ou tubarões, desiga-se por cardume e não enxame. Convenhamos, seria um pouco difícil nadar através de um enxame, já de um cardume esta actividade parece-me adequada. Não tem que agradecer, só ter mais cuidado com a legendagem, está bom?