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A Caracol

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

Pronto, pirei de vez

É desta, podem chamar os rapazes com as camisas de forças que não ofereço resistência.

Comi o último chocolate hoje, ao almoço.

A partir de amanhã e durante todo o mês de março, não emborcarei mais porcarias. A culpada disto, claro, foi a Maria , que começou os 66 dias sem porcarias. Achei a ideia gira, mas um bocado louca. 66 dias são demasiado para mim, mas trinta julgo ser concretizável. Fiz um estudo intensivo do calendário e entre aniversários, festinhas e festarolas o mês de março é o ideal.

Posto isto, a partir de amanhã digo adeus: aos snikers ao lanche, às bolachas para petiscos, às natas com o café, aos rissóis antes dos treinos, aos panadinhos, nuggets e afins.

É muita coisa, não sei se vou conseguir. Ah, e adeus também aos gelados, refrigerantes, compais, cachorros, hamburgers e pizzas desta vida.

Começo de facto a ficar deprimida. Às tantas desisto ainda antes de ter começado.

No entanto, para ser diferente da Maria e porque o que pretende é precisamente descobrir novas formas de adoçar a boca sem ser com quilos de açúcar, é-me permitido um doce por semana, desde que não tenha chocolate e farinhas ou açúcares refinados. O objetivo é fugir ao açúcar tradicional, ao bolinho e à bolachinha que estão tão ali à mão e aprender a usar outros ingredientes, mais saudáveis e - espero - igualmente saborosos.

Não prometo partilhar diariamente a minha jornada, até porque vou estar com certeza ocupada a chicotear-me por me ter metido nisto, mas conto convosco por aí para ir partilhando as minhas desgraças, as quedas de açúcar e tentações à dieta.

Ficam por aí?

Diário de uma preguiçosa aspirante a fit #15

Esqueçam tudo o que sabem sobre as teorias de fim do mundo. Esqueçam os Maias, a religião, a ciência que diz que será o sol a explodir e a trazer o Apocalipse. Esqueçam as teorias da conspiração sobre o ambiente, o buraco do ozono, o aquecimento global. O fim do mundo não virá assim, virá sobre a forma de barras de ferro e discos de peso.

Tive essa visão, clara como a água, durante uma aula de power (ou body pump, para quem quiser pesquisar sobre o assunto). E escusam de vir já atirar que estou a exagerar, que estou a dramatizar e rebéubéu pardais ao ninho, aquilo são as profecias apocalípticas reconstruidas para um mundo fit. Não acreditam? Eu provo-vos, seus descrentes:

I) O aquecimento

Ninguém suspeita o que vem atrás daquilo. Dão-nos uma barra enganadora, qual lobo com pele de cordeiro, ficamos ali a suspeitar que se calhar se enganaram, que até podíamos com mais um bocadinho, mas ficamos de biquinho calado, respeitando em silêncio a mãe dos pecados, a preguiça.

Onde está o fim do mundo nisto? Em 1970, ninguém acreditava em malefícios aerossóis e dióxidos de carbono, pois não? Então pronto, não discutamos factos óbvios.

II) Carga Máxima

Sabem aquele ditado, com base religiosa, que diz que só temos a carga que podemos suportar? O power não é assim. O power é um bicho cheio de dor (pudera!), da crónica, que só obtém alivio com pastilhas no bucho. E está nem aí para a vossa capacidade física de aguentar com os benurons (2,5 kg) brufens (3.5 kg) e aulins (5 kg) desta vida. Não subestimem os números: 13 kg no costedo e vêem mais estrelas do que se tivessem consumido cogumelos dos bons.

Fim do mundo nisto? A indústria farmacêutica vai fumegar quando perceber que tem concorrência de peso. Depois digam-me que não tenho razão, quando o preço do ibuprufeno disparar em flecha.

III) DE-VA-GAR

Não pensem que já acabou, não senhor, chegamos agora à melhor parte! Os slows. E escusam de divagar, porque quem comanda a dança é a barra e com pulso de ferro! Quem diz que a mente comanda comanda o corpo, claramente nunca teve 7 kg nos bracinhos para içar de-va-ga-ri-nho. Saudades dos burpees naquele momento, que o Senhor lhes dê muita saudinha. Aliás, houvesse uma seita de saltos e saltinhos e tinham ali uma ovelha seguidora para todo o sempre. Mil avés aos trampolins desta vida.

Onde está o apocalipse? Experimentem lá perder a força nos cotovelos durante uns peitorais de-mo-ra-dos e depois venham falar comigo.

Ainda não estão convencidos? Ainda acham que isto é capaz de ser divertido? Uma palavrinha para vocês: tremores. Não são de terra, mas se fossem rebentavam com a escala de Richter de certezinha. A meio desta beleza cinzenta e preta, já não somos 70% de água, somos 80% de gelatina. E da boa, a julgar pelo frenesim de treme-treme muscular. Tenho para mim que o nome Power, vem precisamente daqui, dos tremeliques, porque aquilo dura e dura e dura e dura.... Um par de horas depois da aula, ainda sentia os presuntos a pulsar! Não sei como aguentei a tarde toda de trabalho e chicoteei-me várias vezes por não ter usado o voltaren como gel de duche. (Fica a dica, não precisam de agradecer.)

Posto isto, poderia ter ganho algum juízo, que já tenho idade, mas não, inscrevi-me para uma maratona de cycle. Duas horas, numa bicla estática. Cheira-me que vamos subir o Evareste e com um jeitinho ainda vamos aos Pirenéus ver a vista. Se sobreviver, conto a história. Se não... Olhem, gostei muito deste bocadinho!...

 

 

Escrever para não esquecer

Preciso disto, preciso de gerir a emoção, de colocar tudo no sítio certo e as palavras ajudam nesse sentido.

Estou cansada, o corpo pede o colchão, mas os dedos querem o teclado.

Estou cansada, mas nunca me senti tão bem. Inacreditável, não é?

Estou emocionada. Verdadeiramente emocionada. Corri nove quilómetros. Nove. Em pouco mais de uma hora.

Sei que muitos dos que me lêem correm bem mais que isso, sei que não é uma maratona, nem sequer uma meia, tampouco um trail. É só uma corrida de 10 km, numa terra que quase ninguém conhece, mas que tem as subidas mais implacáveis que já vi.

Nunca corri.

Nunca.

Demorava uma eternidade a fazer o teste do cooper em educação física e fartava-me de caminhar numa tentativa vã de fazer o tempo passar mais depressa. Aldrabava as voltas à escola, engonhando sentada nas escadas a fazer tempo para retomar "a corrida." Sempre fui "a caracol", por isso: pela falta de empenho e motivação no exercício físico.

Sempre achei que não precisava disto para nada, bastavam-me as palavras, as baboseiras debitadas num tasco praticamente anónimo.

É por isso que cada quilómetro, cada metro percorrido, são uma alegria, uma festarola. E é por isso também que isto não 10 km, são OS 10 km, os primeiros e os mais especiais. Mesmo que faça disto rotina, que consiga fazer mais metros ou menos tempo, estes ficar-me-ão guardados na memória, na gaveta das ocasiões especiais. Não tenho a menor dúvida.

Tal como a corrida de hoje.

Éramos poucos, menos que o costume. Faltavam alguns compinchas fofinhos cujo ritmo sou capaz de acompanhar e chegou-me logo a informação de que seria "o percurso total".

Engoli em seco. Só lá estava "malta da pesada", como raio ia eu ter pernas para os acompanhar?! Ponderei seriamente a ideia de arranjar uma dor de barriga e ficar por ali. Mas não. Fui, mesmo com medo.

Medo do número. Dez mil metros é um número gigante. Saber que o objectivo era esse, que seria cada um no seu ritmo, deixou-me com algum receio de desmotivação.

Medo de ficar sozinha. Ali a meio, dei-me conta que, caso parasse ou ficasse demasiado para trás, ficaria efectivamente sozinha. Não havia mais ninguém atrás. Não tinha medo de me perder, óbvio que não, mas senti claramente a desmotivação aproximar-se. Parte da segunda metade foi em grupo, em silêncio, cada um lutando contra os seus próprios demónios e enfrentando o alcatrão.

Tive que abrandar e caminhar uns metros a meio da subida. Não fui a única e isso deu-me algum alento.

Éramos dois, cansados, esforçados, pensando que era só mais um bocadinho.

Não recomeçamos ao mesmo tempo, foi ficando para trás, ainda que ligeiramente, muito ligeiramente, mandou-me correr, que ia bem.

Corri parte do trajecto sozinha, espreitando por cima do ombro, e foi aí que me dei conta: mesmo que ficasse sozinha, eu conseguiria continuar. Mesmo que tivéssemos os papeis invertidos e eu fosse atrás, era capaz de não desmoralizar. De seguir em frente, por muito que doa, por muito que custe. Foi aí que me dei conta que, de facto, é por mim que facto faço isto. Pela superação, pelo sentir que sou capaz, que tenho pernas para semelhante. Foi como se tivesse renovado a energia que não tinha. Apeteceu-me parar, mas as pernas moviam-se sozinhas, numa passada que pareciam saber desde sempre. Podia dizer que foi espectacular, mas não chega. Foi mais.

Chegamos juntos ao ginásio, numa caminhada ligeira a contar os últimos metros, ainda a tentar respirar convenientemente, mas a falhar redondamente.

Por isso, hoje, quero escrever para não esquecer: eu sou capaz.

E isso basta.

Têm-me dito que estou mais magra

Eu digo que não é assim tanto.

Que é exagero, que não se nota quase nada.

Nota-se, é um facto, não é assim taaaaaaaaaaannnnnntoooooooo como referem, é outro facto.

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A da esquerda é de Julho 2016, no primeiro dia que fui ao ginásio. (post completo, aqui) A da direita é de hoje, pós aula do demo de cycle. 

 

Quando entrei estava nos 60kg, não sei quantos tenho hoje, serão menos, com certeza.

Consigo vestir o 38 sem pinchar e ainda fica com uma folguinha. 

A câmara de telemóvel também mudou, como dá para perceber. 

De resto não noto grande diferença visual. 

Noto sim, uma maior resistência física, uma maior agilidade no dia a dia, mais leveza de espírito, mais desenrasque. 

Continuo a dizer: o melhor de tudo é aquilo que os olhos não vêem. E acho que estou completamente certa. 

 

Atletas Anónimos - A Cunhada

Olá, sou a gorda/jeitosa de Arouca...
Estou aqui no estaminé d'A Caracol para vos dar a conhecer um pouquinho da minha história "corporal". Sempre fui gorda, sim gorda, sempre fui dura comigo, nas palavras, mas nunca fazia nada para mudar. Cheguei a pesar 77kg, foi aí que me deu o click. Não me reconhecia mais... BASTA!
Comecei pela alimentação/caminhadas.
Depois de ter o primeiro filho estava com 49kg, mas super flácida, foi aí que decidi que teria de começar a fazer ginásio para encher/tonificar as peles.
 
Tens noção que gorda com 77kg é ligeiramente ofensivo, não tens? A propósito, 49 kg é muito pouco peso, vê se tens juízo nessa cabeça.
Sempre gostaste de exercício físico?
 
Não é ofensivo, para quem se achar bem, tudo bem, mas para mim, para o meu corpo/bem estar mental esse peso era demais. Há pessoas com mais de 100kg que se sentem bem, por mim tudo OK, cada um(a) sente-se bem à sua maneira.
 
Não, nunca, sempre DETESTEI! Como se diz cá no norte "dava o cu e dois tostões" para não fazer a aula de educação física, na escola, e caminhar era o menos possível... Cansava!
 
Eras tu e eu... Tudo servia para baldas à aula. E agora? Já começas a gostar? Ou já chegaste ao ponto sem retorno em que já não se vive sem exercício?
 
Confesso que o ginásio já me está entranhado há coisa de dois anos e tal ou três, nem sei, já não consigo estar sem lá ir. Refilo e refilo e mais refilo, mas se não vou é o diabo em cuecas! Passo-me da marmita e agora que comecei com a musculação ainda gosto mais. 
O meu problema é que me saturo de fazer o mesmo.
 
 
O antes e o depois da Cunhada
 
Com que peso estas neste momento?
 
60kg, após ter o Mickey passei dos 75/76kg para 69kg.
Agora após meio ano do parto estou com 60kg, nada mau.
 
Nada mau mesmo. Tens algum objectivo de peso estipulado?
 
Sim, 58kg. Mas não vou ficar "obcecada" com números, o que me importa agora é resultados no corpo.  Para quem faz musculação os números não "contam", sabes que existem mulheres que pesam 58kg e vestem 36? pois é minha menina, muito músculo.
 
Acho uma boa ideia, até porque a obsessão roça a psicose e tu já és louca que chegue.
Como inseres o ginásio na tua rotina?
 
Louca, eu?! Vindo da pessoa que teve meia dúzia de AVS nos pés...
Iniciei o ginásio quando o Jake foi para a creche, devido a ter disponibilidade para ir sem ter de o deixar a cargo de ninguém, aí instalaram-se as rotinas (o ginásio fica a caminho da creche), até que dei por mim a ir aos arames quando por algum motivo não podia ir. E confesso que podia viver sem algumas coisas, por exemplo, sem a máquina de lavar louça mas nunca sem o ginásio! Ai, espera lá, eu não tenho máquina de lavar louça!
 
Além do ginásio, tens cuidado com a alimentação? Ou deitas tudo para o balde?
 
Para o balde??? Pensas que sou algum porco?! Tenho bastante cuidado até com a alimentação.
Se bem que dou algumas facadinhas que não devia.
 
Foto de Sara Silva.
 
A Cunhada como um helicópetro: gira e bouaaaaaaa! 
 
Deixa lá mulher, a dieta não é ciumenta e o corpo paga tudo!
O exercício trouxe melhorias à tua vida do dia a dia ou não notas nada?
 
Se noto... Durante a gravidez do Mickey tive de estar quietita, então quando voltei ao ativo, ai louvadinho senhor, não me aguentava! Agora??? Agora ninguém me pára! O céu é o limite. (Literalmente)
Mas notei agora com a musculação diferenças significativas no Zumba, tenho mais resistência.
 
Pelo amor Santa do fitness Cunhada! O zumba é para meninos!
Por semana, quanto tempo dedicas ao exercício?
 
Ora bem depende... Quando tenho Zumba é 60minuts + 30 mint( treino em casa) + 90*2 no ginásio, quando não tenho Zumba faço treino em casa de 30min.
 
Txiiii isso é muita areia para a minha camioneta de números... Mas é bastante. Não admira que estejas podre de boa, minha badalhoca.
Além dos quilogramas que tens como foco, tens mais algum objectivo louco de exercício? Tipo, sei lá, os trails de Arouca ou assim...
 
Nop, não sou tão tola assim. :P
 
Pois não, obrigada por me colocares no meu lugar. :D
Conseguiste dar me a volta e enfiar-me num ginásio, o que dirias àquele preguiçoso que nos lê enquanto deita abaixo um pacote de batatas fritas?
 
Estás a ler este post e sentes-te mal contigo mesmo(a)? Pois bem, faz alguma coisa por ti! Deixa-te de lamúrias, se estás assim a culpa é tua e só tua! Levanta o cu e mex-te!
Bem e com esta me despeço, vou agora estender o esqueleto no sofá que o treino (90min) de pernas foi puxado. :P
 
 
Vai, que eu vou penar ao almoço. Obrigada Cunhada, pelo incentivo de cada vez que vou correr e por fazeres tão parte da minha vida. Cá beijoca! 
 
 
 
 
 

Como panicar em três segundos e meio

Ou como ter meia dúzia de AVC's em cinco minutos, também seria um bom título. 

Já lá vai um bom mês e tal sobre este piripaque, mas acho que merece ficar relatado para a posteridade. 

Quem me conhece, assim um bocadinho mais a sério, sabe que nunca, ou quase nunca, dramatizo doenças. Não sou hipocondríaca, relativizo a dor, sou da equipa "toma uns brufens que isso passa", vou deixando rolar... enfim, ainda não sei que raio me deu. 

Naquela sexta feira, dia em corri os primeiros 5km, senti uma ligeira dor de cabeça ao final da tarde. "Resquícios da gripe", pensei eu, enquanto emborcava um brufen. Prolongou-se durante o fim de semana, preocupando a família toda ao almoço de domingo dado o meu ar cadavérico e esgares de dor, mas na segunda senti-me melhor. Tanto que fui ao ginásio, ignorando a sacana da campainha que me alertava que talvez não fosse grande ideia. 

Não foi, claro. O objectivo era correr novamente 5km, em menos tempo, mas nem aos 2 cheguei, tal era a pressão na mona. Tentei fazer outros exercícios, mas não consegui e acabei por ir para o balneário a sentir-me uma inutilidade. 

A dor, que não era bem dor, era uma pressão que subia desde a nuca até meio do crânio, e piorava sempre baixava a cabeça, era de tal forma incomodativa que dei comigo a pedir uma consulta ao patrão cá do sítio, numa tentativa de detetar algum problema neurológico. Nada. Tudo normal. 

Decidi dar um pulo ao ginásio, na esperança que me dissessem que aquilo era uma coisa que se resolvia com meia dúzia de esticões e uns exercícios caseiros, mas não!, depois de um questionário sobre o que lá tinha feito e comigo sempre a insistir que só tinha mesmo corrido, vi a minha vidinha toda a andar para trás quando ouço estas palavras:

- Não é normal, é melhor ires ao médico. E liga para cá quando saíres, para sabermos que estás bem. 

Pronto. 

É que tive logo ali meia dúzia de ataques cardíacos e já me estava a ver a sair do reforço, de maca e com carta fechada para o hospital. 

Mas, sôdotora, afirmou ser crise de rinite, restos da gripe e provavelmente tensão na cervical. Ora, tenho rinite há uma porrada de anos, sei o que aquilo é, e nunca tive aquela sensação. A médica estava errada. Havia ali alguma coisa má, muito má. E tensão na cervical? Pelo amor de deus! Ok, tinha rangido um bocado os dentes a correr, mas mesmo assim... 

Terça de manhã senti perfeitamente a nuvem negra que se aproximava e eu, que a costumo afastar com meia dúzia de impropérios, deixei-me abraçar por ela. Não havia ninguém mais miserável que eu naquela manhã. Apeteceu-me mandar tudo às urtigas, acho até que cheguei a alinhavar a minha mensagem de derrota para o ginásio, mas quem me aturou mais dramaticamente foi a Cunhada:

- Cunhadaaaaaaaaaaaa (assoar de nariz), eu sabiaaaaaaaaaaa (fungar), eu sabia que esta vida não era para mim..... Eu já não vou correrrrrrrrrrrrr (fungar e assoar de nariz) eu já não vou a lado nenhum..... (ranho, muito ranho)..... Para quê que eu me ti nisto... (lágrimas, muitas lágrimas) Adeus munddooooooo cruellllllll.... (paletes de drama ao mais alto nível). 

O estado de espírito melhorou à tarde, mas só à noite é que me bateu a luz:

- OS ABDOMINAIS!!!!!!!!

Passo a explicar: depois de correr, foi-me dito para fazer abdominais em prancha. Só que eu, armada em atleta chica esperta que queria ficar a olhar para a passadeira enquanto me achava a maior da minha rua, fiz dos "normais", longos, muito longos, e todos mal feitos. Apetece-me chicotear-me sempre que volto àquela memória. 

Resultado: 30 abdominais (ou deverei dizer pescoçais?) com a cabeça meia de lado e sempre a puxar pela cervical. Muito esperta a menina, não hajam dúvidas. Era só à estalada. Ou ao chicote. 

Escusado será dizer que isto fez rir muita gente, eu incluída, e que ainda hoje é motivo de chacota. Meio ano de ginásio e arranjo logo lesões, sou muita forte! 

 

 

Diário de uma preguiçosa aspirante a fit #14

Weeeeeeeee! Mega pulinhos de contentamento! 8km, em (maiozomenos) 58 min, sem paragens ou abrandamentos antes dos 6 (mantive sempre a vel 8.50) e (tentativa de) velocidade no último quilometro (vel 10), infelizmente esqueci-me de respirar, paniquei e só consegui 700m naquele ritmo. Mas sabem que mais? Yep, isso mesmo, sou a maior da minha rua. De novo. 
Ah, e tive direito a gominha final! Que já enfardei, para manter saudáveis os níveis de açúcar no sangue. 

 

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