Começamos a restaurar a nossa casa. O que implica, além de cheta, muita azáfama.
Por aqui os dias passa desta forma:
- Trabalho
- Levantar o puto em casa dos sogros - graças a deus já vem jantado;
- Chegar a casa já depois das 20h
- Fazer o jantar (antes era o marido que fazia esta parte)
- Dar um jeito à barraca
- Tratar das roupas
- Tratar do miúdo
- Jantar
- Tratar dos cães
E não vou sequer mencionar as coças do ginásio, às horas de almoço. Aumentei o número de vezes - agora tenho mantido as 4x/semana, porque sinto mesmo que preciso. Apesar do pouco desgaste físico que o trabalho implica, preciso mesmo de chegar ao final do dia (ainda mais) cansada, de apagar logo mal pouso a cabeça na almofada. Além de que, o exercício acaba por me proporcionar uma espécie de energia. Enfim, cenas de pessoas estranhas.
E antes que perguntem: o homem tem dado forte na trolhice.
De modo que é isto a minha vida, agora. E aos fins de semana? Trolhice. Ou aniversários. Ou comunhões. Ou jantares. Ou almoços.
Uma canseira, a minha vida.
Lá para o Natal já devo conseguir respirar, fazer o jantar, pôr o puto no banho, aspirar a casa e limpar o pó. Tudo ao mesmo tempo e enquanto estendo a roupa com mindinho.
O puto acordar às 6:15 da manhã, cheio de energia, ao pulos em cima do teu esqueleto quebrado, num frenesim de "leitinho mamã, leitinho" e "anda mamã, anda".
Sábado, como vos tinha contado, foi dia atividades diferentes, no ginásio.
Tinha-me chegado aos ouvidos que seria um Peddy Papper e de imediato a minha mente divagou por uma série de estações com exercícios do demo, que teriam de ser cumpridos à risca, para se avançar no jogo.
Só que trocaram-me as voltas. De tudo o que nos podiam pôr a fazer, lembraram-se que às tantas era giro porem-nos uns quilómetros nas pernas e andarmos às voltinhas, a subiiiiiiiirrrrrr e descer aqui a terra.
Tínhamos uma folha com pistas e um número de SOS caso nos víssemos à nora.
Ora, aqui a Caracoleta leu Dan Brown todinho e isso, parecendo que não, dá quase um mestrado em charadas. (#soquenão).
A primeira pista era "Já repararam no meu novo corte?". O que é que uma pessoa pensa logo? Cabeleireiros, óbvio. Sucede que, depois de frutarias, o maior negócio da terra são os cabeleireiros. Há, pelo menos, dez. E todos eles eram facilmente alcançáveis a pé. Começamos pelo mais próximo e fomos seguindo. Ao fim de nove, já a minha mente divagava que estávamos a intuir mal e aquilo não era nada um cabeleireiro.
Consegui convencer o resto da equipa - seis elementos - que seriam as novas placas de identificação do ginásio. Mudou o visual, mudou o logótipo, mudou o corte. Foi esta minha lógica da batata.
O que é que aconteceu?
Sete pessoas a procurar, à volta das placas, no meio das placas, praticamente a trepar a postes e árvores. Meia hora nisto.
Até vir o senhor professor organizador desta coisa e nos perguntar: "o que é que estão aí a fazer?!". Depois de explicada a nossa fantástica teoria levamos com um: "é um barbeiro. Aquele já ali ao virar da esquina"
Toin!
O único cabeleireiro que não fomos, porque alguém disse, passo a citar-me "é demasiado longe. Não iam pôr ali nada." E, não, ninguém reparou no detalhe de ser próximo de uma das pistas seguintes.
A partir daqui e depois de já ter feito com a equipa perdesse um rol de tempo em vão, guardei para mim a possível resolução das charadas seguintes. E ainda bem, eramos bem capazes de ter que acampar na Senhora da Sáude e continuar no dia seguinte.
Sei que já venho tarde, mas tenho uma dúvida fulcral: a indumentária para os Globos de Ouro é obrigatória, é promessa ou é mesmo só falta de bom gosto? 🤔🤔🤔
Com comunhão e família reunida, alegria e canalha aos pinchos, amanhã. Mas antes... Exercício (ou tentativa, vá) no Openday lá do ginásio. Vou tentar fazer atualizações no instagram e Facebook deste tasco, o que significa que me podem ver a falecer quase em direto. Isto se não tiverem mais nada para fazer, claro. E por aí, o que vos espera no fim de semana?