Pedi nova avaliação física no ginásio que frequento e levei com uma chapadona à Stalone que até se me vieram as lágrimas aos olhos (exagero, tá? A chapada doeu, mas já era esperada).
Desde julho de 2016 que vou ao ginásio. Comecei com duas vezes por semana, depois três e agora dou comigo lá enfiada entre 4 a 5 vezes por semana.
Em (quase) dois anos temos:
* Boa disposição (sim já tinha, mas melhorei)
* Melhoria na destreza e capacidade em tarefas do dia a dia
* Superação pessoal
* Criatividade (também já tinha, facto, mas é inegável a contribuição do exercício físico para a coisa)
* Aumento de energia
* Aumento de resistência física
* Diminuição da timidez
* Mais leveza de espírito e relativazação de problemas - ao pé de 20 flexões de completas, ignorar a maledicência e mesquinhez são peanuts.
* perda de volume
* alguma tonificação muscular
Porque vos disse isto? Porque é sempre bom começar pela positividade, ver o copo meio cheio, estão a ver? Ora portanto, como eu disse (e bem!), aquilo que descrevi é o que mais pesa na minha balança e só isso leva-me a não desistir e querer mais.
Sou alminha curiosa, tenho os bichinhos do "e se" e dos "porquês" bem entranhados, portanto gosto de saber mais. Se não me importasse com o resto e isto me bastasse não teria pedido nova avaliação física, não é verdade? Resultado:
Massa Gorda: 30% (mais 6% que em julho do ano passado)
Massa Muscular: 29% (menos 4%, na mesma data)
Peso: 59.200kg
Eu sabia que a avaria momentânea da balança, antes de lhe subir para cima, era um mau agoiro. Bolas, que grande estaladão! Ainda por cima, começo por saber o peso ( + quase 2kg a mais da última vez) e bateu-me uma esperança de aumento de musculatura, afinal era só mesmo unto.
"Como é possível? Passas a vida lá metida..."
Alimentação minha gente, alimentação. Os resultados de ontem, não são fruto de dois ou três meses a comer de forma equilibrada e mais saudável, são consequência de um ano (e o que está para trás) a "treinar para comer" e o "eu queimo, eu posso", em vez do equilíbrio. Muitas natas com café, muita massa ao almoço, muita bolachinha ao lanche e dá nisto: uma gaja que até cabe num 36, mas que deixa um rasto de banha por onde passa. Aquilo a que vulgarmente se chama "falsa magra" - mas é só nisto, ok? No resto digo sempre a verdade. :P
A minha cara de desânimo terá sido de tal ordem que aquela malta tomou logo conta da ocorrência:
- Agora não vale a pena desmoralizar. É mudar o que há a mudar, treinar mais e melhor e seguir em frente. - diz um.
- Devias passar pela nossa nutricionista. - diz outra.
- Dia 23 às 12:30. - remata a terceira.
Mas assim? Já? Amanhã? Sem ter tempo de digerir o assunto? Bom, que seja.
Como não podia deixar de ser fiz a piada fácil:
- Agora temos que ter cuidado com as cargas, estou fraquinha de musculatura.
E levei como resposta:
- Por isso mesmo é que temos de rever isso. Há aí muita gordura a derreter.
Adoro malta que sabe ler nas entrelinhas do que eu digo. ;) Ginásios há muitos, com gente dentro há poucos. E a minha gente é do melhor - mesmo que sinta que assinei com o acordo com o diabo e que ainda lhe agradeço.
Ah, esquecia-me do detalhe: pedi novo plano de treino, não só para melhorar as massas (até porque aí é uma questão mais alimentar do que física, digo eu) mas para trabalhar equilíbrio, postura e força abdominal - os meus calcanhares de Aquiles - e comprometo-me a fazê-lo, no mínimo, uma vez por semana - curto bués as aulas e não as troco, lamento.
Modos que é isto: comi que me fartei, paguei o preço e estou disposta a inverter o peso na balança.
Então Caracoleta, já há tanto tempo que andas no ginásio, conta-nos lá o que já consegues fazer?
Já pegas em 300 kg? Fazes 50 flexões completas? Então e resultados, hã?
Adorava falar sobre isso, mas agora não me apetece. Não faço flexões completas - aquilo custa como o diabo! - nem pego em 300kg, mas danço com o meu filho ao colo: 17kg a rodopiar pela sala seguros por estes bracinhos.
No entanto, descobri recentemente (ontem) uma proeza que alguns terão alguma dificuldade em executar: o encravanço de molas nas barras. Não é fácil (eu que o diga que a sacana da mola deu luta e a barra acabou encostada às boxes até ao final da aula, porque aquilo nem para a frente, nem para trás), mas é possível. Como? Simples, simples:
1) Ser a última a chegar e ter logo ordem para montar a barrita
2) Tentar fazê-lo rápido e bem - duas aptidões que nunca andam juntas
3) A primeira mola estar solta e ter de trocar
4) Não reparar no "detalhe" do número de anéis da nova mola (não façam essa cara, eu também não sabia deste detalhe. Sempre a aprender.)
5) A aula começar e quem lidera aplicar uma certa pressão psicológica enquanto lutamos com o material: empurra daqui, mexe dali, puxa dacolá até a p#$@ da mola colar a meio do destino final e morre ali.
O que fazer numa situação destas? Esquecer a barra moribunda, afagando-a suavemente e garantindo-lhe que o problema não é dela, amaldiçoar as molas, recomeçar num outro local e rezar para que corra tudo bem. Por acaso, só por acaso, correu.
E por aí quais as vossas proezas fit? Contem tudo, não escondam nada.
Se houve coisa que aprendi com isto é que vocês são muito imaginativos no que toca ao exercício. Da lista que tenho apenas três (em 18 nomes) foram auto-sugeridos, o resto foi tudo sugerido por vocemesses. Claro quando se me iluminou a mente com a segunda ideia quis matar-vos, mas pronto foi por um bem maior e alguém tem que ser altruísta o suficiente para sofrer em prol do bem da humanidade.
Dividi a coisa para não ficar demasiado extenso e para não vos maçar. Aqui vai a primeira parte:
Abs Superman
Semelhança com o super homem só mesmo o nome e o único super poder que vais adquirir é a arte de bater com o corpo no chão sem bater com os queixos na barra - ou no chão. O truque é não "esticar demasiado a corda" ou corres o risco de: A) não conseguir voltar atrás; B) partir os dentes; C) partir o nariz; D) todas as outras ao mesmo tempo. Garantido é que vais sentir que te estão a rasgar TODO o abdominal, mas sossega que isso passa e talvez uma semana depois já não sintas nada.
Bícep Martelo
Sosseguem, ninguém vos pedir para ir para as obras. O único instrumento que vão utilizar serão pesos (sob a forma de halteres, usualmente) e é só o exercício mais secaaaaaaa que existe à face da terra. É um bocado como comer batatas com bacalhau todos os dias - é fixe, mas monótono. A não ser que tenhas 50kg em cada braço, aí és capaz de dizer um bocado mal da tua vida.
Borboleta
Que nome tão enganador para um tão penoso exercício! A pessoa ouve "BORBOLETA!" e pensa em subtileza, em gentileza, na beleza de uma mariposa delicada. Esqueçam lá isso. É para agachar e afastar e juntar os joelhos numa dança dolorosa que te deixará as coxas carbonizadas.
Burpees
Gamando a piada a um compincha e traduzindo à letra: Basta Uma Repetição Para Eu Estar Suado. Sou suspeita, porque lhes acho piada, mas a verdade é que bastam cinco para ver estrelas e dez para rebentar com os pulmões. O burpee é, no fundo, o jihadista do fitness: ninguém suspeita dele, até o curtem na verdade, mas depois explode-vos com o sistema músculo-esquelético-respiratório em três tempos.
Cangurus
À semelhança dos burpees, os cangurus têm um problema enorme com as repetições. São giros que fartam, mas aniquilam toda a vontade de continuar a fazer o que quer que seja - a não ser uma banhoca quentinha. Lembram os tempos de escola e a alegria de pular só porque sim, daí lhes achar alguma graça.
Cátia Leg Curl
Vais morrer. Vais ter uma morte lenta, dolorosa e excruciante. Adorava estar a exagerar, mas não estou. Da primeira vez que o fiz tive de olhar três vezes para as coxas para me certificar que não tinha nenhuma ferida exposta no fémur - só na primeira ronda. Ao final da terceira já não sabia quem era ou como tinha ido ali parar. É tão bom, mas tão bom, que um dia faço um post só dele.
Clean and Press
Não, não é o novo sistema de limpeza turbo da Vileda. É mesmo um exercício de braços - e tudo o resto. Requer técnica (bastante) e é díficil de atinar com o movimento de braços. Era muito mais giro se fosse um kit de limpeza, acreditem.
Cobra
É lindo de morrer. E digo-o sem ironia nenhuma, é mesmo bonito o raio do exercício. Quando é bem feito, claro está. Quando não se tem destreza suficiente, o mais certo é estatelar o peito no chão e demorar três vidas a empurrar o rabo de cimento de volta à posição inicial. E não falemos da ondinha, porque ou se tem muita fluídez de movimento ou corremos o risco de parecer um tsunami misturado comum terramoto de 9.5 na escala de Richter.
Crunch
Escusas de lamber os beiços, não há guloseimas para ninguém, mas se fizeres isto bem feitinho é provável que sintas o abdominal todo a estalar de dor. Eu acho que este exercício requeria um equipamento técnico à altura. Como uma grua, por exemplo. Era o ideal para quem, como eu, tem o tronco três vezes mais pesado que o rabo. Tanta imaginação e ainda ninguém pensou naquilo que é de facto importante na execução de um exercício.
Vá, confessem lá, qual destes é que não conhecem?
Exatamente. Por isso mesmo é que me lembrei da utilidade deste vídeo:
Sim, a totó de serviço sou eu mesma. A ideia é mostrar como se sentiria alguém "normal" a executar aquilo que lhe é proposto e demonstrar que é possível fazer com alguma persistência (da nossa parte) e paciência (de quem nos ajuda).
Ontem, atrasadissíma como costume, um pneu do meu carro decide falecer a meio do trajecto.
A chover a potes, com uma criança de 3 anos no carro e com a minha excelente capacidade física... É tudo o que uma pessoa pode querer para começar bem o dia.
Apesar de já desconfiar da minha força para desapertar os parafusos da roda e da capacidade de colocar o macaco no sítio certo sem fazer mossa na carroçaria, lá sai do conforto do banco para “tentar”. E por tentar devemos depreender:
Retirar a tralha toda da mala para aceder ao material
Fazer jogos estranhos de kamasutra entre o macaco e o chassi onde nenhum deles encontrava o ponto certo
Desapertar os parafusos da roda ainda com o pneu no chão (lembrava-me de ser assim) e depois logo se via o que fazer ao relacionamento macaco-chassi.
Ora eu forcei a chave, apliquei toda a minha força (ou talvez não), mas os sacanas dos parafusos não mexeram. Ao fim da primeira tentativa, entro no carro decidida a pedir ajuda externa, ligando para a assistência em viagem imaginando que seria enviada para o real bilhar grande por parte da seguradora, pelo que dramatizei ligeiramente a parte do tentar desapertar os parafusos e omiti a parte de não saber posicionar correctamente o macaco.
- Pois com certeza menina, vamos enviar um técnico.
Eh lá, que se eu sabia nem sequer tinha tentado. E a assistência em viagem agora cobre isto? A evolução é uma coisa espectacular, de facto.
Três minutos depois recebo uma sms a indicar a hora prevista de chegada ao local – cerca de 45 minutos – logo seguida de uma chamada do técnico para saber a minha localização.
- Pois, isso da localização… Eu até faço este percurso todos os dias, mas não faço ideia no nome da rua, mas tentar ser precisa. Olhe, isto é quem vai de Nenhures para Algures, mas por dentro, está ver? Aquela rua que sobe muito, tem pinhal dos dois lados e cruza por cima da auto-estrada.
Bué precisa. Do outro lado e após meio segundo de hesitação:
- Ah, não estou mesmo a ver…. Mas olhe, por acaso não está a utilizar um smartphone com dados móveis, pois não?
Tau! Assim a frio, sem dó nem piedade.
Claro que não, senhor. Lá agora eu ter dessas modernices. Eu nem sequer ainda fiz um post no facebook nem entretive o miúdo com vídeos no youtube para o manter quieto na cadeira - sem sucesso.
- Dois minutos e eu já lhe ligo de volta.
Claro que enquanto acedia ao Google Maps, Caracolinho achou giro esvaziar todo o conteúdo do porta-luvas, mas pelo menos já não esperneava na cadeira implorando para vir para a frente.
A meia hora seguinte foi passada entre “não mexas aí!” e “sim, podes fazer pi-pi mais um bocadinho” – acho que a buzina do carro nunca funcionou tanto como ontem. Quando descobriu que pálas da frente eram quitadas de um espelho com luz, foi toda uma excitação:
- Olha mamã! – apontando para o dito – é o tablet do Ryder! Vou pedir ajuda à Patrulha Pata!
O faz de conta durou até chegar o técnico. Num reboque e-nor-me.
- UAU! Qu fixe, mamã! Nós vamos ali?
- Espero bem que não, rico filho. O senhor só deve trocar o pneu e por-nos a andar.
Ordem para voltar para a cadeirinha, reclamação e quase birra por não querer voltar, promessa de que poderia ver o senhor a trabalhar e a mamã pelo vidro do carro. Resultou e pude passar o tempo que durou o serviço (15 minutos) a segurar no guarda-chuva para minimizar a molha do técnico. Caracolinho não desgrudou do vidro e meia volta lá ouvíamos um “UAU!” fascinado pela aventura matinal.
A meio da conversa, descubro que afinal não foi pelo meu discurso melodramático que enviaram ajuda, mas sim porque a minha apólice abrange assistência a pneus. Não é espectacular? Eu nem sequer sabia que isto existia, mas dá um jeito do caraças! Lá agora apanhar chuva e frio e vento, sujeitar-me a danificar a pintura da viatura com material esquisito e deslocar falanges a tentar rodar chaves de rodas… Muito melhor – e mais eficaz – chamar quem realmente percebe do assunto.
O pneu, pobrezinho, faleceu de vez, apesar das várias tentativas de reanimação da oficina. Não se pode ter tudo, não é verdade?
- Parolinho (vesti-lhe roupas com os mais variados padrões numa salganhada de cores, riscas e quadrados)
- Mini aspirante a fit (umas leggins, umas caneleiras em lã, sapatilhas, camisola justinha, toalha pelos ombros, uma garrafa de água catita, halteres com balões e 'tá andar)
Este ano e como sou muita fã do Carnaval (#soquenao) pensei em disfarça-lo de Wally. Super fácil: gorro vermelho, camisola às riscas vermelhas, calças ganga, óculos gigantones redondos. Um espétaculo.
Hoje de manhã enquanto falavamos sobre isso, responde-me do alto dos seus três anos:
- Não quero ir de Wally, mamã. Quero ir de pijama.
- Mas pijama não é bem difarce, Caracolinho.
- Mas eu queria... Posso?
Sai um Soneca para mesa do canto, faxabor, que no Carnaval pode-se tudo!
(E ainda por cima rápido de r€solver. Cá beijinho meu rico filho.)
Há coisas que me tiram do sério. A falta de empatia e sensibilidade para com outro o outro, esfrangalha-me os nervos. Quando "os outros" são crianças, apetece-me sortear estaladas.
Em todas as épocas festivas ou temáticas há lanches partilhados na escolinha do Caracolinho. Em todas elas, as auxiliares e educadoras têm de fazer um esforço extra por se certificarem que as crianças com intolerâncias alimentares GRAVES não se aproximam da mesa e comem apenas o que trouxeram de casa.
Zero partilha para estes miúdos.
De quem é a culpa? Nossa. E não é por falta de informação, uma vez que somos sempre relembrados quer pelos respectivos pais (que cordialmente nos cedem receitas), quer pelas educadoras. Já há um maior cuidado nos bolos de aniversário (mau era se assim não fosse), mas chega-se aos lanches partilhados e "esquece-se" esse detalhe. E isso tira-me do sério. Ver fotografias dos lanchinhos com um ou dois miúdos estrategicamente mais afastados do grupo, para não cairem na tentação de tocar naquilo que deveria ser para todos, assemelha-se a um duro murro no estômago. Aliás, é pior. Porque ao fim de umas horas já curei o baque do golpe, enquanto ali sei perfeitamente que na próxima vai acontecer exactamente a mesma coisa. E isso chateia-me. Já tinha dito? Lamento, mas chateia-me mesmo. A falta de sensibilidade, o não querer saber "eles lá que desenrasquem" e o "não tenho culpa disso" dão-me cabo dos nervos. Porque não custa seguir as indicações deixadas pelos pais, não custa usar o Google para uma pesquisa rápida de receitas adequadas, não custa perder 30 segundos a ler uma porra de um rótulo para certificar que o produto é adequado, não custa trocar a manteiga pelo azeite ou óleo de côco (incluindo o untar da forma!), não custa trocar uma farinha, não custa procurar uma receita sem leite. O que custa é querer. É mais caro? Percebo o argumento, mas não aceito que justifique a escolha. Há imensas receitas que não precisam de farinhas de trigo, nem leite sem que o seu custo suba exponencialmente. Não queremos ter esse trabalho? Pegamos em três limões, dois litros de água e fazemos uma limonada. Pegamos nuns morangos e nuns bagos de uva e temos umas espetadas de fruta. Pegamos numa embalagem de côco ralado juntamos duas colheres de mel (ou outro adoçante) mais três ovos et voilá uns coquinhos. Agora, não me venham com balelas, não há nada, absolutamente NADA que justifique mandar algo que não pode ser partilhado por todos, que poderá pôr em causa a saúde de outros, que causará stress desnecessário num momento que deveria ser de convivio e alegria e, acima de tudo, magoará uma criança que nada fez nem pediu para ser intolerante a uma proteína.
Nenhuma destas crianças é o meu filho. Mas poderia ser. Tal como poderia ser o teu. Faz as escolhas que quiseres para o teu filho, mas por favor pensa um bocadinho mais nos outros, sobretudo quandos os outros são miúdos com menos de 6 anos, que partilham mais de 8 horas diárias com o teu filho e que têm todo o direito a estar incluídas num momento de partilha e lazer entre todos.
Quando eu fui mãe, já todas as amigas o haviam sido. Já todas sabiam para o que ia e todas fizeram questão de me deixar indicações. "Vai ser maravilhoso! Vais cair para o lado de sono... Mas é maravilhoso!" Ninguém me mentiu ou pintou a coisa mais cor de rosa. E, em boa verdade, eu já sabia que isto é uma montanha russa e não um carrosel de cavalos alados. No entanto, o que eu quero mesmo saber é: Porque é NINGUÉM (reparem bem, nem uma alminha de boa fé) me disse que me iam tentar arrancar cabelos a fazer trancinhas. É que o moço diz "Mamã, posso pentar-te?" e toda eu estremeço, numa agonia pelo cabelo que ainda me resta. Chego a questionar-me se tem garras em vez de dedos, depois lembro-me que é gajo e portanto delicadeza é algo que geneticamente não lhe assiste. Mães deste mundo: não estão sozinhas. O meu cabelo também sofre. Estamos juntas.