Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Caracol

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

Dia 5

O fim de semana é o que mais custa. A tentação está sempre à espreita, no armário da cozinha, no frigorífico, na dica do Lidl...

Não desanimemos, que hoje foi dia de "docinho". Ainda tenho que aprimorar esta coisa (que vi num grupo de facebook), de forma a tornar a massa mais fofa (talvez o polvilho resulte, não faço ideia. Ou a farinha integral, que não me ocorreu na altura), mas aqui está ela

Foto de Andreia Santos.

Panqueca gigantone de coco com maçã.

Quem disse que panquecas não serviam de sobremesa?

Ora então, para quem quiser:

  • 4 ovos
  • 2 cs farinha de aveia
  • 4 cs coco ralado
  • 2 maçãs fatiadas em gomos finos
  • canela qb para polvilhar

O resto, não tem muito que saber: é misturar os ovos, a farinha e o coco, deitar numa frigideira bem quente, untada com um pouco de azeite, colocar a maçã por cima e polvilhar com montes de canela. Deixar cozinhar bem e está feito!

Como disse, cometi o erro de não usar uma farinha mais macia que a de aveia, pelo que a textura se assemelhou um pouco a omeleta de fruta e deveria ter utilizado maçãs mais maduras, de forma a obter mais sabor. Tirando isso, estava muito boa (tanto quanto pode estar uma coisa destas sem adicionar açucares, não tenham altas expectativas nesse ponto) e deu para desconsolar do doce a acompanhar o café.

A repetir, com as retificações, mas para pequeno almoço ou lanche.

 

 

 

Eu e as papas e as papas e eu...

Nunca fui grande fã de nestuns, cerelac's e afins, nem sequer gosto particularmente de arroz doce, dada a consistência da coisa. Toda a gente me dizia (e diz) que papas de aveia é muito bom, para experimentar que não me ia arrepender e tal... E eu, dei comigo a pensar: bom, já tens quase 30 anos, já tens idade para saber que só vais ter a certeza se gostas quando provares. Deixa-te de ser xoninhas, faz e prova. 

A reter antes de continuar:

  • Não gosto de leite quente simples. Não perguntem porquê, não sei explicar, acho um paladar horroroso, e chego a ficar sem respirar se ele ferver debaixo do meu nariz. E esse era o meu receio, que aquilo soubesse demasiado a leite. 
  • Não coloquei absolutamente nenhum adoçante antes de provar. Erro de principiante armada em esperta e estóica. 

Portanto, aquilo saiu do robot de cozinha, vulgo bimby, com uma consistência que me pareceu errada. Coloquei mais um bocadinho a mexer. Verti a papa para uma taça, carreguei aquilo de canela, pensei no conforto de algo quentinho e saboroso, meti uma colherada à boca e... Apeteceu-me chorar. Credo, que coisa absolutamente intragável! Onde estavam os açúcares do leite? E o paladar da canela? Ainda tentei engolir a segunda colher de uma vez só, mas as minhas papilas gustativas pareciam ter sofrido de um efeito acidente: quiseram dissecar melhor aquilo, numa tentativa vã de lhe encontrar paladar. Não encontraram, como é óbvio, porque a aveia é desprovida de sabor. 

Juntei um pouco de mel e a coisa ficou mais gostosinha, apesar de ainda me custar a mastigar. Demorei uma vida terminar a taça, porque tinha (e tenho) consciência que parte do "sacrifício" era mental (pela barreira do aspeto), ao passo que o homem emborcava umas bolachas com recheio de cacau. Espetacular. 

Ainda assim, não me resignei nem passei a odiar papas de aveia, apesar desta experiência pouco prazerosa. Vou dar-lhes uma segunda oportunidade, com variantes à receita tradicional, acrescentando frutas. E cevada ao leite (obrigada colega!). 

Depois disso, logo afianço se gosto e ficamos amigas para sempre ou se vai cada uma à sua vida sem ressentimentos. 

Dia 2

A maior das pessoas pergunta-me o que vou comer. 

Pessoas, se eu fizesse a mais pálida ideia do que ingerir para substituir toda a porcaria que enfardo, não lhe chamaria aprendizagem com sacrifício. Não faço ideia de como usar alguns ingredientes, aliás o meu objetivo é precisamente esse: descobrir novos paladares e reeducar o palato. Portanto, parem de me perguntar o que vou comer, porque a não ser que vos diga o que vem na lancheira para esse dia, não faço a menor ideia. 

Agradecida. 

 

Pronto, pirei de vez

É desta, podem chamar os rapazes com as camisas de forças que não ofereço resistência.

Comi o último chocolate hoje, ao almoço.

A partir de amanhã e durante todo o mês de março, não emborcarei mais porcarias. A culpada disto, claro, foi a Maria , que começou os 66 dias sem porcarias. Achei a ideia gira, mas um bocado louca. 66 dias são demasiado para mim, mas trinta julgo ser concretizável. Fiz um estudo intensivo do calendário e entre aniversários, festinhas e festarolas o mês de março é o ideal.

Posto isto, a partir de amanhã digo adeus: aos snikers ao lanche, às bolachas para petiscos, às natas com o café, aos rissóis antes dos treinos, aos panadinhos, nuggets e afins.

É muita coisa, não sei se vou conseguir. Ah, e adeus também aos gelados, refrigerantes, compais, cachorros, hamburgers e pizzas desta vida.

Começo de facto a ficar deprimida. Às tantas desisto ainda antes de ter começado.

No entanto, para ser diferente da Maria e porque o que pretende é precisamente descobrir novas formas de adoçar a boca sem ser com quilos de açúcar, é-me permitido um doce por semana, desde que não tenha chocolate e farinhas ou açúcares refinados. O objetivo é fugir ao açúcar tradicional, ao bolinho e à bolachinha que estão tão ali à mão e aprender a usar outros ingredientes, mais saudáveis e - espero - igualmente saborosos.

Não prometo partilhar diariamente a minha jornada, até porque vou estar com certeza ocupada a chicotear-me por me ter metido nisto, mas conto convosco por aí para ir partilhando as minhas desgraças, as quedas de açúcar e tentações à dieta.

Ficam por aí?