Cunhadices, take I
A partir de hoje e até ao final da semana, vão poder contar com as Cunhadices. Textos que contarão as peripécias entre duas cunhadas - qual delas a pior - e que visa averiguar qual de nós é menos fina da moleirinha. Claro decisão de tal calibre caberá a vocês. Como? Votando, claro.
No último post, na sexta feira, é só deixar em comentário #caracolaopodio ou #bruxinhaaopoder para que uma das duas seja classificada como a melhor das piores.
A minha Cunhada já vos relatou a passagem de ano em que pedi guarda-chuvas numa esquadra e mais tarde meia de leite e uma tosta mista numa roulotte de cachorros, pelo eu venho relatar a troca tintas que desce nela de quando em vez.
E não dêem a desculpa da gravidez, ela é mesmo assim.
Há duas semana, aquela desgraçada prenha, decidiu, porque sim, estragar-me um dia de praia e requisitar os meus serviços de motorista para a levar ao exame do 3º trimestre.
"Ah e tal, não posso conduzir e o o teu cunhado está doente" e blá blá blá whiskas saquetas.
Lá fui, que sou um coração de manteiga e compadeço-me sempre com quem sofre.
Não havia uma porra de um parque livre, o puto dormitava no carro, pelo que estacionei à patrão em frente ao laboratório, aguardando na viatura por sua excelência.
Meia hora depois, mais coisa menos coisa, já com puto alapado no lugar de pendura, chega a grávida, com duas pupilas muito dilatadas e um rasto de baba: esteve a apreciar as montras das confeitarias.
"Queres comer alguma coisa?", pergunta de olhinhos muito brilhantes.
Entrar num café com Caracolinho é sinónimo de desassossego, pelo que sugeri levar umas miniaturas para sobremesa.
"Vais buscar àquela confeitaria, ali. São melhores." - indicando o local exato, com indicador.
Onde aquela criatura entrou?
Na confeitaria errada.
Ok, são três confeitarias na mesma rua, mas eu apontei especificamente para a correta, não havia muito que enganar.
Saio do carro e faço-lhe sinal, já ela estava na letra com o empregado.
"Oh meu menino, a tua tia é tão trenga! Agora vai trazer as piores miniaturas, ao dobro do preço"
Mas não, lá sai a barriguda da confeitaria, com dois tomates maduros nas bochechas e um ar tipo "ups!".
Pois que, felizmente, ali não se vendiam mini bolos, dissera-lhe o empregado enquanto olhava atarantada para mim, na rua ao lado do carro fazendo sinal que se tinha engado na porta.
Digam-me: eu mereço, não mereço?
É uma cruz que nem vos digo!