E lá vai ela
Na mala, que empurra com firmeza, leva a incerteza da escolha, a nostalgia do que fica, a insegurança do futuro, o amor de quem a espera, a saudade de quem deixa.
Não sabe como vai ficar, como vai estar, o que a espera. Sabe que a vida urge, que o tempo passa mais depressa e mais devagar quando se está longe de quem nos importa e que não quer estar mais tempo assim - mesmo que isso traga mais quilómetros de distância entre nós. Sabe que dará a volta por cima. Não importa como, não sabe como, mas arranjará maneira de o fazer. Sempre foi assim. Não será diferente desta vez.
Eu, que há tanto pouco tempo a conheço, sinto que a perdi um bocadinho, ao mesmo tempo que lhe encontrei a amizade. E essa, permanecerá, sempre, com mais ou menos metros entre nós.
Que tudo lhe corra bem. Que seja feliz e que a sua nova casa lhe traga a alegria, o amor e a segurança que tanto merece.
Quem vive a vida em pleno, é feliz em qualquer país. Nem que o vire do avesso, faça túneis nas montanhas e construa sóis com flocos de neve.
Vai. Sê feliz. Só isso fará com que valha a pena.