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A Caracol

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

Eu? Como assim eu?

Atingi o auge da minha carreira fit (se é que isto existe). 

Já fiz muita coisa nesta minha vida: já escrevi um livro, já plantei uma árvore e já tive um filho. Nunca, jamais, em tempo algum, pensei convencer alguém a mexer o rabinho. 

Há duas semanas fui confrontada com esta afirmação:

- Falas tanto em exercício que até me dá vontade de ir contigo. 

Apanhada desprevenida, repondo rapidamente: 

- Mas tu estás parva?! Tu és louca?! Eu passo a vida a ganir, a gemer que me dói e tu queres ir?! Quando começas?

Tenho uma ligeira tendência ao drama, não sei se já deram conta. Felizmente a minha colega (dos snikers à sobremesa) já sabe, pelo ignorou essa parte e focou-se apenas no essencial: começaria no inicio do mês. 

A primeira coisa que me passou pela cabeça, foi encomendar um treininho muitooooooo bom, em jeito de vingança pelo snikers que comeu sem remorsos, à minha frente, durante os 30 dias sem porcarias. Mas sou um pequeno bambi, a moça é franzina de cabedal, passa a vida a meter açúcar na veia para aguentar o exercício, pelo que a deixei sossegadita no seu sofrimento. 

(vamos ignorar que lhe estou a chamar fraquinha nas entrelinhas. Caríssima colega, se leres isto, cá beijinho, és a maior e isso passa. Sem ressentimentos, hã?) 

Aguentou-se muito bem a primeira semana, só gemeu até quarta da ressaca de segunda e no sábado não se queixou de dor associada ao exercício. 

Agora, o que me continua a surpreender é isto: como é que consegui esta proeza? Como é que eu, que passo a vida a queixar-me (literalmente), consegui convencer alguém a fazer mais por si? Pois, não façam essa cara, também ainda não cheguei lá. O que é certo é que almoça exercício como prato do dia e dia que gosta, que até é fixe. Era quem lhe batesse. Eu, claro, já me precavi, invoquei a minha autoridade de pessoa mais velha que a gaiata e consegui que me prometesse, a pés juntos, que nunca, jamais, em tempo algum, contaria as minhas figuras lá dentro.

Até porque para isso estou cá eu, não é verdade?