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A Caracol

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

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Na ótica do utilizador #3

Na hora de escolher os óculos

O rosto é o nosso cartão de visita, aquilo que fica na memória de quem nos conhece, quer seja pela primeira vez, quer seja há uma catrefada de anos.
Os óculos alteram o nosso visual e, caso a escolha não seja bem feita, poderá mesmo arruiná-lo. 
A convite da Inês, venho cá dar-vos uma ajudinha nessa matéria tão delicada.

O primeiro passo para a escolha da armação, é saber a graduação que se necessita. Assim à primeira vista, pode não fazer grande sentido, mas é um passo quase fundamental. Ninguém quer usar uma armação fininha e discreta com uns pneus no lugar de lentes. A não ser que saibam mais ou menos a graduação que já têm, ou poderão vir a precisar, o melhor é mesmo não sonhar com armações. Deixem-me, no entanto, frisar, que já é possível fazer ótimos serviços, com lentes muito finas e em armações discretas e leves. Nem sempre, mas é possível em alguns casos.

Depois de avaliada e quantificada a vossa qualidade visual, podem passar à parte mais fixe: experimentar óculos. E aqui, meus amigos, aqui é que a porca torce o rabo, porque nem tudo se adequa ao mesmo tipo de rosto.

Se as armações de massa vos aquecem o coração, saibam que é imprescindível que o vosso nariz case na perfeição com elas. É o ponto mais importante deste material: o acetato tem uma ponte (a união entre as duas oculares) única e pouco maleável, se não vos acompanhar o nariz -  ficar assente apenas na parte superior ou inferior - pode causar-vos muito desconforto. Porque aperta, porque não assenta, porque marca a pele, enfim, fazerem-vos a vida negra. Quando experimentarem este tipo de material, foquem-se no nariz, se não estiver bem, se criar um "buraco" na parte superior ou faltar cartilagem dos lados, esqueçam e passem para outra.

O tamanho é outro ponto muito importante nesta escolha. Ninguém quer parecer um caixa de óculos, para que isso não aconteça é importante não usar óculos demasiado grandes. E atenção que aqui há uma diferença entre o ser grande e o ficar grande. As oculares maiores estão na moda - felizmente - mas não devem, nunca, ultrapassar a linha de sobrancelha e as maçãs do rosto. Da mesma forma, em largura, não devem exceder a linha temporal do rosto. Podem ficar ali com um meio dedito de folga, mas não mais que isso.
Tal como ninguém usar armações demasiado grandes, também ninguém as quer pequenas. Hastes a abrir, demasiado espaço entre a maçã do rosto e a base da armação são sinónimos de tamanho inferior ao que precisamos.

Um pormenor também importante e por vezes descurado é a posição do olho na ocular. Os olhos devem estar o mais centrados possível na ocular. Regra geral, se a armação encaixa bem no nariz e não é demasiado grande - ou pequena - para o vosso rosto, os vossos olhos ficarão mais ou menos no centro da ocular. Contudo, há exceções, ou porque o material é mais espesso, ou pelo desenho da armação, ou até mesmo pela nossa fisionomia, por vezes os olhos parecem demasiado juntos, quase como se fossem estrábicos. Não diria que é fator eliminatório, mas se tiverem alguma que não vos provoque esse efeito, tanto melhor.

Por fim, mas não menos importante: o conforto. Vejam, avaliem, experimentem, sintam o peso da armação. Se não vos parecer confortável em algum ponto, perguntem se é possível ajustar de alguma forma. Caso não seja, talvez seja melhor partir para outra. Acreditem no que vos digo: não há nada pior que ter uns óculos desconfortáveis. É como calçar uns sapatos um número abaixo do nosso, é doloroso, maçador e não há nada que se possa fazer para melhorar.

Priveligiem sempre o conforto, o equilibrio estético e vosso estilo pessoal à moda.

No fundo, tudo aquilo que também aplicam às restantes compras.

 

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