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A Caracol

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

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Plágio para totós

Hoje, quis a minha dor de garganta que ficasse pelo sofá à hora de almoço, em vez do habitual treino. Como tal, passou-me pelos olhos a publicação de Sei lá eu ser mãe, sobre a bebé Matilde e os mais recentes sururus. 
Li, gostei a fui à minha vida. 
Ora, qual não é o meu pequeno espanto, quando vejo o mesmo texto replicado num grupo de mães a que pertenço. 
Não partilhado, mas copiado e colado, sem qualquer crédito ao autor original. 
Cúmulo: mesmo depois de vários alertas sobre a autoria do texto a pessoa diz que "ah e tal, não é meu, mas como estamos num grupo não faz mal". 
Ai foda-se, pró caralho, que até falo mal. 
Alguém acrescenta a cereja "credo! Até parece que o texto vai ganhar um Nobel". 
Ai foda-se pró caralho, que até falo mal. 
Eu acredito, mas acredito mesmo, que grande parte dos copiar/colar não sejam maldade. Acredito que a pessoa não veja mal nenhum, que não tenha pensado, de todo, que está literalmente a gamar. Por isso, no mínimo, o que eu gostava mesmo muito que acontecesse nesses casos seria:

Bárbara:

- Olhe, o texto de facto é muito bonito, mas esqueceu-se do autor. 


Gertrudes:

- Oh, cabeça a minha! nem pensei nisso, vou já editar e colocar os créditos.

E ambas seguiam felizes e contentes, facebook fora. 
Claro que o mais fácil e prático seria a partilha, mas enfim a malta gosta de ir a Braga para dar um salto a Lisboa e pela-se por mais trabalho. O Markito é que pensou mal quando criou aquele botão. Na realidade aquilo é só um bibelot do facebook, um pequeno mono de estimação.

Mas não é isso que acontece. A malta não faz por mal, é alertada, assume e não corrige. 
Jamais entenderei as pessoas.

Por isso, e porque fiquei deveras com possuída pelo deus da honestidade e dos bons costumes, elaborei um pequeno guia para saber o que é plágio e porque não o devem fazer:

1) Pegarias numa peça de uma vizinho, coloca-la-ias na tua casa só por ser bonita, sem dizer que era o do Miguel do 3o esquerdo? Não, pois não? É a mesma coisa. Só que aqui o vizinho não vê que lhe gamaste a peça, portanto, não pode reclamar.

2) O teu filho/a escreve um texto numa folha em branco. Um colega surrupia e entrega a um professor como sendo seu. Bonito, não é? É exatamente a mesma coisa.

3) Escrever DÁ TRABALHO, porra! Muitas vezes é mesmo só isso dá: trabalho. E outras tantas vezes, a única coisa que o autor recebe é o reconhecimento, que ainda não paga contas, que eu saiba, mas que é sempre bem-vindo.

4) Lá porque há textos bons, não quer dizer que ganhamos todos o prémio Nobel. Usar esse argumento para copiar/colar é só estúpido. (Este é uma espinha no meu esófago, foda-se que lata! )

5) A honestidade, os bons valores, a boa moral e a integridade ainda cabem no Facebook.

6) A Gertrudes copiou, sem maldade. A Esmeralda copiou, sem maldade. A Genoveva copiou, sem maldade. A Rosa copiou, sem maldade. A Antonieta copiou, sem maldade. Até o Abel copiou, sem maldade, mas agora não se sabe de quem é o texto, quem é que queimou os neurónios à procura de sinónimos e palavras e até a Tia Aurora agora diz que é dela.

7) Não faças do botão PARTILHAR um bibelot.

Sê responsável, partilha as publicações. Diz não ao plágio.

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