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A Caracol

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

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Caracol Sombra

Conhecem o Repórter Sombra

Há já algum tempo que faço parte da equipa de cronistas, com artigos de opinião maizómenos engraçados. 

Até agora já lá vão quatro, sobre os mais variados temas: desde Maria Leal, à educação sem género, passando por Notre Dame, a greve de combustíveis e o dia da mulher. Às vezes tudo junto, numa espécie de ovos mexidos com espinafres, queijo e gambas. 

Deixo-vos os links para que possam espreitar, se não tiveremmais nada que fazer, claro. 

Dia da mulher no divã 

Primeiro, morrem por mim. Umas quantas centenas, sôtor, não foram só uma ou duas! Depois
vêm outras tantas, dizer que deveriam era todas voltar para a cozinha, que lá é que fazem falta
e é na família que a mulher deve manter o seu foco. Só neste curto ano, mais de uma dezena,
quatorze para ser preciso, viram cair a guilhotina pelas mãos dos carrascos a que um dia
chamaram maridos. Milhares continuam subjugadas, maltratadas, reprimidas e dominadas
apenas por serem mulheres.

Género: Parvo 

Chiça! Isto assim é mesmo difícil. A cultura do género e do sexismo está mesmo enraizada em
mim. Vou recomeçar. Com calma. Eu consigo. Sou mais forte que todas estas formatações de
géneros.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amén. 

A Maria Leal lançou uma nova música. Para crianças. Um autêntico massacre sonoro e genocídio visual. Ao pé disto, tudo o resto parecem nuvens de algodão doce. O lado positivo é que Tarantino já pensou nela para o próximo filme sangrento e até já tem possível argumento: meia dúzia de inocentes numa sala fechada com isolamento acústico, enquanto ouvem Maria Leal em loop. Só está a ter algumas dificuldades com a duração do filme, uma vez que até agora ninguém aguentou mais do que três minutos, bem como com a contratação de actores capazes de aguentar semelhante sacrifício em prol da sétima arte.

"Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem" 

Entretanto, os motoristas de matérias perigosas pararam e o caos instalou-se. Esqueceram-se as reformas aos 69 anos, o cancro aos 50, o AVC aos 45, as doenças autoimunes e degenerativas aos 30, os acidentes de viação e comas alcoólicos dos 20, o incêndio de Notre Dame e os 600 milhões doados para a sua reconstrução, bem como a fome, a pobreza e a miséria que corre o mundo e os meninos que podiam não morrer de fome, se não fossemos todos tão egoístas. O apocalipse foi declarado e, em vez de corrermos a armazenar enlatados, rumamos em êxodo às gasolineiras e, tal como numa herança, correram todos a buscar o seu quinhão de combustível.

 

Modos que é isto. Espero que gostem. ;)