Vim agora do hospital e o médico disse que tenho uma virose. Chamou-lhe ele "Burro-parvo-virose". Disse que passava com tempo e abstenção de grupos de mamas. Ainda falei no 'tibiótico, mas ele disse que não precisava, que passava se deixasse de vir aqui ler comentários de mamas com mestrado no Google. Eu acho que precisava mesmo de um 'tibiótico. E também acho que o médico foi grande parvo e mal encarado na minha consulta. Estava sempre a olhar para o relógio, a meio disse ao coleguinha "vai ver como está a senhora que eu já subo". Quando o confrontei sobre isso, que eu assim muito frontal não guardo cá nada dentro, disse que tinha uma senhora com um parto complicado e que precisava de acompanhamento. Passei-me! Atão, eu que estava carregadinha de comichões até ao umbigo, olhem que só eu sei como passei a noite, sempre num coça coça que quase fui buscar o piaçaba para ajudar na lombar, eu que lhe pago o ordenado com os meus descontos, nem todos, porque faço uns extra com unhas de gel que não entram no rendimento, mas pronto cada um safa-se como pode, eu que estou com gravidez de risco desde as 4 semanas, porque é muito perigoso inserir facturas no computador, e o médico de família nem me queria passar, tive que armar barracada e fazer valer os meus direitos, mas já me perdi... Ah! Eu que estava ali mesmo aflita, praticamente com o mindinho do pé no cemitério e outro no portão ao pé do S. Pedro, tive que levar com uma rapidinha do médico. Olhem que o sacana mal para o livro de grávida olhou, caramba!
Bom, queria saber as vossas opiniões: não acham que me devia ter passado uma penincinlina? Já li que comichões no umbigo podem ser bacterianas e podem levar a partos prematuros... É que isto de médicos nunca fiando.
O Pai Natal decidiu reformar-se e as entrevistas começam esta semana. Descreve uma dessas entrevista
Rudolfo bufou, exasperado.
Já tinha feito mais entrevistas de emprego do que os embrulhos de umas horas de trabalho de um Elfo.
À sua frente já se tinham sentado: um Pai Natal bêbado depois do seu turno no centro comercial, Rita Ferro Rodrigues que lhe limpou a paciência para os próximos três anos com o politicamente correto, André Ventura que tentou ludibriá-lo com discursos utópicos e assertivos, mas dali não levou nada, que Rudolfo é só um antílope e não um peixe. Esteve três infinitas horas com Joacine, apenas para ela lhe dar os bons dias. Quando a conseguiu despachar, colocou o Radio GaGa em loop, só para descontrair. Trump também tentou a sorte, mas recuou quando Rudolfo frisou que "todas as crianças do mundo, incluem também as mexicanas." Seguiu-se Bolsonaro, que saiu chamando a rena de "animal", quando este lhe disse que teria de usar uma política mais sustentável. Até Greta apareceu, cheia de ideias inconcretizáveis e um punhado de embalagens recolhidas das Maldivas, com as quais pretendia embrulhar todos os presentes do mundo. Bonito, mas inconcebível num curto espaço de tempo. Numa das suas pausas para o lanche, ainda esbarrou com Marcelo Rebelo de Sousa, mas o homem só queria um selfie e não o cargo. Do mal o menos, sempre era mais publicidade para atrair mais candidatos ao cargo.
A vida não era justa. Tinha pedido férias ao patrão e justamente nesta semana é que o sacana do velho anuncia a reforma. Engoliu o resto do almoço e bebeu o café de um trago só. O próximo entrevistado esperava-o e tinha grande fé neste candidato.
- Então, diga-me: está disposto a deixar tudo para fazer as crianças mais felizes nesta quadra?
- Eu já não tenho quase ninguém, sabe. A minha família apoia-me e vou sentir-lhes a falta, mas eu sei que ainda consigo fazer melhor e compensar, de alguma forma, os erros que cometi.
- Tem experiência em cargos similares?
- Não com tanta responsabilidade, seguramente. Há uns anos largos, numa outra vida, fiz várias pessoas felizes com sorteios num programa de televisão. Era gratificante poder oferecer alguma coisa a alguém que, muitas vezes, não tinha nada.
- Um programa de televisão, disse?
- Sim, sim. Olhe, até tinha uma ajudante, quase como o Pai Natal o tem a si.
- A Lenka?
- Não, não... - assegurou o entrevistado por entre risos - a minha ajudante era mágica, criou todo um mundo de imaginação à sua volta, as pessoas sonhavam com ela e nem sequer tinha uma curvas tão atractivas como as da Lenka. Fazíamos uma boa parelha. Se conseguir o cargo, vou perguntar-lhe se está disponível para voltar a espalhar magia comigo.
- Ajudas são sempre bem-vindas. E com magia, ainda melhor! E diga-me: crianças. Como se dá com elas?
- Oh, as crianças...! O que gosto de crianças! E de as fazer felizes. São um profundo poço de aprendizagem, sabe? Valorizam as mais pequenas coisas e ensinam-nos que o que realmente vale a pena, o que realmente importa não são os presentes mais caros ou as marcas mais luxuosas: é o momento, o tempo e o carinho que lhes dedicamos. Adoro crianças!
- Há muito tempo que não aparecia aqui alguém com um discurso tão entusiasta sobre a miudagem, sabe. Até deu gosto ouvir. Creio que temos contrato. Vamos só tratar das formalidades e começa... amanhã. Que me diz, senhor... Peço desculpa, relembre-me o nome, por favor?
Não sei qual é parte de ter que trabalhar que aquelas aves raras não percebem, mas tudo bem.
O som torna-se estridente, alguém chamou por mim. Caraças, que raio me querem agora?
- Chamaram? - questiono ignorando os 98676 chamamentos anteriores.
- Não... era só para saber como estavas.
Tão queridos, até parece que se preocupam e não querem, na realidade, não dizer nada ou só azucrinar a cabeça porque caí no degrau ou porque lancei mais uma farpa para o ar.
Ali, naquela Gaiola, é sempre tudo muito urgente, todos piam sempre alguma coisa e é de estranhar o silêncio. Os temas variam muito, desde Joaninhas (não perguntem), passando pela infindável lista de séries que um vê (não sei como consegue), parando nas parvoíces de dois ou três que quando se juntam é um regabofe melhor que os do Algarve (não sei quem faço parte). Há o cromo, que é, literalmente, um cromo e que não, não sou eu. Há conversas infindáveis sobre chupetas, mortes e o verdadeiro sentido da vida. Normalmente, não chegamos a conclusão nenhuma e o assunto termina, invariavelmente, em dois pontos: ou comida ou parvalheira. Às vezes, a maior parte das vezes, nos dois.
Se lhes podia mandar com um calhau e cala-los um bocado?
Podia, mas também teria a vida irremediavelmente mais enfadonha.
Um dia na tua família… do ponto de vista do teu animal de estimação
- Oh, valha-me deus... Que horas são, Berlinde?
- Não sei, mas ainda está escuro...
- A patroa já anda ali no pátio de vassoura na mão... Hoje não é domingo?
- Deve ser... Fazes perguntas muito difíceis, meu. Acabei de acordar.
- FOGE BERLINDE!!!!!
- O quê? Como? Mas...
Ah, foda-se! A mangueira outra vez! Pelo amor de deus, eu acabei de acordar ainda nem vi o estado do meu pêlo no reflexo da taça da água, tampouco lambi as remelas e esta gaja já anda aqui a lavar o pátio!
- Ela não lavou o pátio ontem, Cusco?
- Anteontem. Com líxivia.
- Credo! Até parece que somos assim tão porcos. Tu pronto, às vezes roças ali a badalhoquice, mas eu?! Eu?! O canídeo mais asseado e aprumado que existe?
- Berlinde, tu mijas em cima da minha cauda quando estou a fazer o nº 2.
- Isso é porque tu escolhes sempre o MEU lado do pátio para o fazer.
- MANGUEIRA NAS ESCADAS! ENCOSTA-TE!
- Ufa! Obrigada, meu! Foi por pouco. Esta gaja é doida. Ela não vai à missa? De toda a gente que nos podia calhar na rifa, tinha que mesmo que ser esta?
- Metemo-nos à frente sem querer, enquanto sobe as escadas?
- É melhor não... Já na semana passada caiu num degrau, que por acaso me soube muito bem visualizar, outra queda é desnecessário.
- Pois... E agora são duas. Já pensaste quando nascer e crescer? Vai ser MESMO fixe! Olha, o Caracolinho!
- Ya... Muito fixe... Estou em pulgas...
Caracolinho! Tive tantas saudades tuas! Já não te via desde ontem à noite! Que jantaste miúdo? Estás enorme! Tens aí pão?
Pão? Disseste pão? Olha bem para os meus olhos... Bem lá no fundo... Isso... O pão mais fresco é para mim. Lindo menino, muito bem!
- Adoro este cacete de domingo, tu não Berlinde?
- Deixa-me comer.
- Eu já acabei.
- MAS EU NÃO!
- Mau feitio... Vais comer aquele bocadinho al...
- VOU! BAZA!
- Oh, boa! Olha Berlinde! Um gato! Vamos ladrar-lhe e saltar contra a rede para ele perceber quem manda neste pátio!
- Vai indo, vai indo Cusco. Eu vou só aqui ver testar a temperatura do sol neste degrau.
A luminosidade cegou-me através das pálpebras cerradas.
Os lábios estavam gretados e em ferida.
Sentei-me a custo, tendo consciência dolorosa de cada fibra que compunha o meu corpo.
Estava nua, mas inexplicavelmente isso não me provocava incómodo ou pudor.
Não havia ninguém, tinha a certeza disso. Ninguém me veria despida.
Estava sozinha.
Ao meu lado, como se ambos tivéssemos naufragado de um qualquer navio fantasma, jazia um pequeno cofre de madeira velho e carcomido em algumas zonas. Na tampa tinha gravado a palavra "Memórias".
Instintivamente abri-o.
Quatro rostos sorridentes olhavam para mim através de uma fotografia.
Não os reconheci.
A rapariga loira de olhos castanhos, com rosto sardento era-me familiar, mas não consegui identificar de onde. No verso da fotografia podia ler-se: "Verão '79, Barcelona".
Peguei na fotografia seguinte: um casal novo, dos seus vinte e poucos anos, felizes e sorridentes. Não tinha nenhuma legenda no verso.
Seguiram-se mais de uma dezena de fotografias. De bebés gorduchos a crianças desdentadas. De adolescentes com borbulhas a noivos de fato de gravata. Universitários na cerimónia de entrega de diplomas, estudantes no primeiro dia de escola. Mais bebés. Diferentes dos primeiros, mas com traços familiares deles nos olhos, no nariz e no queixo.
Eram fotografias de família.
Talvez o mar as tivesse trazido para esta praia. Talvez já cá estivessem quando eu aqui cheguei. Guardei novamente as fotografias no velho cofre de madeira.
Coloquei-me de pé a custo e observei a linha do horizonte de água infinita.
Talvez um dia aparecesse algum barco para me vir buscar. Talvez um dia conseguisse sair daquela ilha. Ou talvez ficasse ali para sempre.
Sem pensar em mais nada, mergulhei nas águas calmas e ali me deixei ficar, a flutuar. Deixei de sentir o sol nas pálpebras, os lábios gretados e o corpo dorido. Apenas uma paz que ocupava cada poro do meu ser.
Desfrutei daquela serenidade tanto quanto pude, decidindo que procurar o dono daquele tesouro de imagens mais tarde.
A imagem que trazia guardada na memória, gasta e envelhecida, não fazia jus à sua figura.
O cabelo negro, levemente ondulado. A tez de pele morena, imaculada, uma barba perfeitamente aparada. Os olhos negros, como duas azeitonas reluzentes, brilhavam quando lhe retribuiu o olhar.
Era por ele que ali estava. Só por ele valeram os anos de espera para chegar àquele instante em que o tempo pára e tudo parece fazer sentido.
- Nunca pensei que conseguisses! - disse-lhe por entre lágrimas, num abraço apertado.
- Por ti, tudo!
Demoraram-se naquele primeiro encontro, entre risos e gracejos, sempre de mãos dadas, com cumplicidade que caracteriza os grandes amores.
- Como vamos fazer com o teu pai?
Finalmente verbalizara a pergunta que tanto lhe perturbava a mente e tantos pesadelos lhe causou.
Aquela era a pedra no sapato deles.
- Terá de se habituar. Eu já sou crescidinho... Os tempos mudaram, até para quem vive eternamente. Em última instância, podemos sempre mudar de lugar, um sítio mais quente... Ou não queres, 'Dolfinho?
- Por ti, Jesus, tudo! Até o vale dos judeus ou o campo de trabalhos forçados eterno. Ao teu lado, meu querido judeu primogénito e amado, qualquer balneário a gás é o paraíso.
Não tenhas medo de ser desengonçada, que gozem contigo por teres três pés esquerdos ou que se riam da tua passada enquanto corres.
Ninguém é perfeito, ninguém faz tudo bem e ninguém quer que sejas perfeita. Vais descobrir que o humor é um forte aliado e, antes que gozem contigo, serás tu a fazê-lo. Vais rir muito de ti e isso vai dar-te a altura que não tens e encobrir a coragem que te falta.
Nunca te envergonhes de ti, das tuas tropelias e das tuas asneiras: a genuidade é coisa rara nos dias que correm e ser ainda algo que muito boa gente não aprendeu.
Deixa-me, contudo, alertar-te: nem toda a gente vai gostar de ti. Não fiques triste e não tentes bater no ceguinho para ele ver como és fixe. Isso é ser parvo e perder tempo. Não sejas parva e não percas tempo. Quem estiver contigo, vai fazê-lo porque gosta genuinamente de ti não porque te quer agradar.
Da mesma forma, não estejas do lado de alguém só para lhe agradar ou porque não gostas de ser desagradável. Não faças com os outros o que não gostavas que fizessem contigo, mesmo que isso te afagasse o ego.
Vais aprender muito ao longo da tua curta vida. Como num prato de degustação, guarda o melhor para ti. À informações que nem toda a gente precisa de saber, por vezes basta a superficialidade e só ela já será suficientemente difícil de engolir para quem a ouve.
Não duvides de ti. Nunca. És mais forte do que aparentas, mais inteligente do que te julgam e com mais estofo do que o teu estômago julga. Se algum dia duvidares disso, volta atrás no tempo e lembra-te dos papões que transformaste em pilhas de roupa lavada e cheirosa, devidamente arrumada nas gavetas da memória. Não foi um trabalho fácil, mas será algo que te permitirá, no futuro, consultar o passado sem grande dor e sem o peso da revolta.
Não compres guerras que não são tuas. Não herdes quesilías que não te envolveram. Não culpes ações por situações que não viveste.
Mantém sempre presente que o passado e as memórias fazem parte de cada personalidade e que dores, por muito que nos doa, não se comparam nem se medem como farinhas para um bolo.
Por fim, minha querida, o teu pior medo, aquele que guardas só para ti e que insistes em nunca verbalizar, vai tornar-se real. Não o temas, não lhe faças frente, não culpes ninguém. Ele vai levar-te tudo o que tens como certo, mas vai também ensinar-te a desenvecilhar sozinha. Vais ficar sozinha, mas vais perceber que não tens que estar sozinha e que há muros em que um pequeno empurrão para passar o outro lado é bem vindo.
Não negues ajuda quando precisares dela. Não queiras levar a carga toda sozinha, deixa os super heróis para a Marvel. Não é vergonha cair e precisar de ajuda até conseguir equilibrar os joelhos.
Sê grata, não sempre, mas para sempre. Por quem tens contigo, porque tem ensina todos os dias, pelo que ja aprendeste, por tudo o que te ainda te falta descobrir.
Acima de tudo, lembra-te: mesmo no meio do caos é possível encontrar resteas de felicidade, humor e motivos para rir. Não tenhas medo de rastejar para os encontrar, são eles que vão valer a pena.
Sê feliz, nem que seja só um bocadinho, todos os dias.
A primeira que coisa que me chamou à atenção foram os sapatos. De marca, provavelmente valendo mais que o meu salário de dois meses, de verniz preto e um tacão que provocava vertigens só de pensar colocar-me em cima dele.
A seguir vieram as pernas: esguias, torneadas e capazes de me fazer chorar de inveja. O vestido de cabedal, justo e colado às ancas, deixava antever um glúteo perfeito, duro e trabalhado. O decote, não muito acentuado, realçava o colo, com mexas de cabelo loiro ondulado caindo em pedaços em sítios que o tecido teimava esconder. Quando foquei o rosto, senti-me despida por uns olhos verdes, cristalinos e pouco simpáticos.
Quem raio fazia uma fulana como esta cá na terra?
- Boa tarde. Posso ajudar?
- Boa tarde. Onde estão as máscaras capilares?
Arrogantezinha de merda. Ainda por cima boa como o aço. Badalhoca. Não temos máscaras capilares sua magrela, pau de virar tripas.
- Máscaras capilares, de momento, estão esgotadas. Mas temos aqui uns amaciadores muito bons. Deixe-me mostra….
- Condicionador não quero, obrigada.
Olhá a vaca a chamar-me burra nas entrelinhas.
- Precisava mesmo era de uma máscara… Tenho as pontas todas danificadas.
‘Pera aí que eu já t’atendo.
- É como lhe digo: máscaras não temos. Mas… Já pensou em experimentar um produto mais natural? Tem um cabelo tão bonito que é um crime enchê-lo de químicos.
- Acha mesmo?
- Se eu acho? Já reparou nos ingredientes de uma máscara capilar? Aquilo é o demónio em forma de creme acetinado! Olhe… relembre-me o seu nome, por favor?
Logo vi que devias ter um nome desses todo betinho. Sonsa.
- Olhe, Constança, sabe qual é a indústria mais mentirosa que existe, logo depois da farmacêutica? A dos produtos capilares. Aquilo é só lobbys e photoshop para enganar o povo. Prometem-nos cabelos macios como a seda, mas ainda não há que chegue àquilo que os antigos faziam. A minha avó tem 95 anos e ainda hoje tem um cabelão capaz de fazer inveja à Rapunzel.
- O que me sugere então?
- Um cabelo como seu, merece um produto elaborado com carinho, com amor e dedicação. Biológico, de preferência e isento de glúten. O glúten é outro pequeno demónio: entranha-se nas pontas, insufla o o fio capilar e faz com que fique espigado.
- Nunca tinha pensado nisso… Tem algum produto desse género que possa experimentar?
- Olhe, por acaso tenho, sim senhora. Acabaram de chegar agora mesmo umas compotas de abóbora que são um doce para o cabelo. Feita com abóboras biológicas, sem açúcar refinado – que também faz um mal terrível ao couro cabeludo, tornando-o oleoso - e com amêndoas de cultura biológica, de Freixo de Espada à Cinta.
- Compota?
- Compota. Já viu o cabelo da Kardashian? Aposto que é disto ela usa, aquele brilho não engana ninguém. Eu própria utilizo e é uma maravilha. Deixa atuar uma boa meia hora e depois lava normalmente.
- Bem, se é assim… Acho que vou experimentar. Levo um frasquinho.
- Vou dar-lhe dois e faço-lhe uma atenção, porque isto esgota sempre num instante. Mas é só por ser para si.