Estado com Graça #3
Determinação do Sexo Fetal
Há dias, publiquei no meu facebook a primeira ecografia do Mário. A qualidade de imagem não é grande coisa (no hospital dão-nos o relatório em papel), eu não distingo grande coisa do pequeno ser, mas achei que seria uma boa forma de anunciar ao mundo o nome e, consequentemente, o sexo da criança.
Muita gente me perguntou - e ainda pergunta - como, com 14 semanas, já sei, com tanta certeza, que é um menino.
Assim, e a pedido de muitas famílias (isso e porque nem só de parvoíce é feito este blogue), decidi dissertar acerca do teste para Determinação do Sexo Fetal.
É uma análise feita para pessoas curiosas.
Pessoas que não conseguem esperar pela próxima ecografia.
Pessoas ansiosas, que sufocam de indecisão quando avistam roupa para a criança.
Pessoas que gostam de dar nomes "às coisas" e de chamar pelo nome.
Pessoas como as grávidas.
É do mais simples (e carote, convém mencionar) que há: retira-se uma pequena amostra do sangue da mãe, tal qual como quando vamos fazer análises, espera-se dois ou três diazitos et voilá! Resultado no na caixa de correio electrónico em três tempos!
Então, mas e é fiável?
A determinação do sexo do bebé por análise ao sangue da mãe é 99% fiável a partir da 8ª semana. À excepções, claro, mas tenho para mim que o 1% de falha do teste se deve à má informação por parte de mãe.
Calma, não me insultem já, passo a explicar: o laboratório, pelo menos aquele onde realizei a análise, não garante fiabilidade em caso de gravidez gemelar. Ora, uma gestante que seja seguida no público (como eu) fará a sua primeira ecografia à volta das 12 semanas, logo só aí saberá se carrega um ou dois bebés. Caso decida fazer o teste antes de saber quantos são, corre o risco de estar errado. Eu joguei pelo seguro e fiz depois da ecografia do primeiro trimestre.
O mesmo laboratório também não garante fiabilidade caso a mãe tenha levado alguma tranfusão de sangue nos últimos tempos, já que pode dar-se o caso de o dador ser homem, "contaminando" o sangue da mãe com cromossomas y, quando na realidade é o cromossoma x que lá mora.
Isto tudo, foi-me explicado ANTES de fazer o teste, aquando a sua marcação. Mas acredito que nem todos os laboratórios sejam assim explícitos e claros, tal como acredito que muitas mães "não ouçam", tão surdas que ficam com a curiosidade, o que lhes é dito.
Então, mas e é assim tão simples?
É.
Arrisco mesmo dizer que, para nós grávidas, é ainda mais simples que a mais comum das análises. Não é preciso ir em jejum (o jejum é um martírio), e é mesmo só um bocadinho de sangue que nos é retirado do braço.
E o preço?
Pois, isso o preço... O teste não é comparticipado - nem acho que deveria ser, é um capricho. E os caprichos pagam-se.
Julgo que deverá ter o mesmo custo em qualquer laboratório, embora a minha opção fosse sempre o mesmo sítio onde faço habitualmente análises.
Paguei a módica quantia de 95€. Um balúrdio, eu sei, mas valeu a pena ficar sem comer bifes naquele mês.
Já que gastaste esse dinheiro, porque não o Harmony Test? Era só mais um bocadinho...
Não era só mais um bocadinho. Eram mais 405€, mais coisa menos coisa. Eram muitos meses sem bife...
O Harmony Test, para quem não está a par destas vidas, é também uma análise ao sangue da mãe, na qual se detectam as trissomias mais comuns. Tem a vantagem de não ser invasivo e de ser mais fiável que o rastreio bioquímico das 12 semanas. Tem a desvantagem de, caso dê alerta para alguma trissomia, termos de nos sujeitar na mesma a uma amniocentese. Entre fazer um rastreio que custa para cima de um dinheirão e ter de me sujeitar a uma amniocentese, ou fazer o rastreio combinado do primeiro trimestre e ter de me sujeitar à mesma, eu prefiro a segunda.
Posto isto, afirmo com 99% de certeza que tenho o Mário enfiado na barriga, já lá vão 14 semanas!
Só faltam mais 26 para lhe pôr as mãos em cima! :-)
Deixo ainda o link do laboratório onde realizei a análise para consulta mais pormenorizada.
http://www.labco.pt/Catalogo/determinacao-sexo-fetal.aspx