Eurovisão - uma espécie de review. Ou então não...
Ia só ver Portugal, mas acabei por ver tudo e não podia guardar tanto sofrimento só para mim. A minha dor é a vossa dor e temos que ser unjepojoutros, por isso aguentem e não chorem... Que foi o que eu fiz durante uma hora e meia.
A coisa começa com uma #wannabeMadonna que também ficou vidrada na indumentária lustrosa da Trinity (a do Matrix), vinda diretamente do Chipre.
Seguem-se os Excesso, que agora, além da música a escorrer mel de qualidade duvidosa, têm uma gaja como elemento principal. Chipre na vanguarda do revivalismo.
A Finlândia queria muito ter um Henrique Iglesias, mas não tinha capital.
Os polacos inovaram, vestiram-se de Cármen Miranda e cantaram em polaco. Não percebi um cacete, mas o que importa é atitude e eu também odeio estrangeirismos. #tamojuntoPolónia
Aos meninos queridos da Eslovénia (quer dizer eu só ouvi a moça, o rapaz fazia parte do cenário, com certeza) só tenho a dizer: filhos, se isto der errado, podem sempre dedicar-se a fazer vídeos promocionais a anti histamínicos. Aquele vídeo clip não engana: ali ninguém tem crises de rinite alérgica.
Os moços da República Checa copiaram-nos a ideia de inclusividade e utilizaram as cores da LGBT. Achei giro e pelo menos teve mais utilidade que a nossa ideia peregrina de pintar passadeiras. Ou alcatrão. Ou lá que raio queriam fazer.
A cachopa da Bielorrússia gostava muito de Britney Spears em adolescente e reencarnou a personagem com distinção.
Sérvia apresentou-nos uma Celine Dion constipada com dois ou três brufens no bucho e um nadita indecisa quanto à língua que assume. Ora a nativa, ora inglês, ora nativa, ora inglês.
Já Bélgica percebe-se que investiu bem nisto e traduziu a letra para código morse. Isso e na clonagem do Justin Bieber. (Igualzinho. Juro.)
Alto que chegou um religioso da Georgia. O país apostou na pregação e levou uma Testemunha de Jeová a palco. A sério, posso jurar que o moço disse 'Iavé' mais vezes do que aquelas que o nome divino aparece na bíblia. Até pode não ser, mas daqui parecia mesmo.
Finalmente uma apresentação que apresenta algum conteúdo atual e prespicaz: Austrália acabou de vez com a teoria dos terraplanistas e provou que a terra é redonda. Podiam era ter evitado os cogumelos, mas enfim, não se pode ter tudo.
A Estónia achou giro levar o Bradley Cooper. Esqueceu-se foi da Gaga (e do próprio...).
Ah, o nosso Portugal! Osíris subiu a fasquia e partiu os ecrãs todos. Claro que os reposteiros que envergavam são capazes de não ter ajudado, mas o que é isso comparado com as penas de ganso usadas no primeiro espetáculo?
Na Grécia, percebemos que alguém assaltou o museu do traje e pelo caminhou levou um carro alegórico do carnaval de Torres Vedras.
Para a acabar em beleza: San Marino ou o Toy versão estrangeira. Nunca julguei ser possível. #Respect
Modos que foi isto. Só frisar que este texto não reflete a opinião sobre cada artista e é somente... Uma espécie de piada. Pode não ter é muita, mas isso já são outros quinhentos. 😜