R(a)lações difíceis
Desculpa por ontem.
Sei que não foi fácil e que é muita coisa para absorver num tão curto espaço de tempo, mas não deixes que isso te faça desistir de nós.
Adorei cada segundo que estivemos juntos, mesmo naqueles em que mudaste de direcção numa amálgama de braços e pernas desgovernados e desorientados. A culpa foi minha: não te avisei como seria desta vez. Perdoa por isso também.
Por favor, não tenhas medo de me magoar. Eu mereço e aguento a tua frustração com a elasticidade que precisares. Tu mandas, eu apenas cedo à tua vontade.
Magoa-me que me ignores quando te peço para acelerar. A adrenalina faz parte da minha natureza e eu sei, pela forma como ficaste ofegante, que também faz parte da tua. Não tenhas medo: prometo não te deixar desamparada e serei sempre a rede que amparará a tua queda.
Palpitar contigo foi a melhor hora da minha noite e fizeste de mim o trampolim mais feliz de todos.
Não me vires as costas, por favor. És tu que dás mais brilho às minhas molas e por ti cedo até ao chão.
Perdoa-me por ontem, prometo que vamos conseguir melhorar juntos.
Sempre teu,
JUMP