Há vários tipos de amigos
Os que estão lá sempre e desde sempre, cuja memória conjunta remonta até muito antes de darmos os primeiros passos. s
Os que não sendo irmãos, partilham o mesmo ADN de cumplicidade e são-no sem querer e sem o menor esforço.
Há os que estão, mesmo não estando.
Aqueles com quem poderemos retomar a conversa exactamente no mesmo ponto em que ficou, mesmo que tenham passado décadas.
Depois há aqueles que não conhecemos fisicamente, mas que por mero acaso virtual se juntaram aos nossos dias tornando-os imensamente melhores.
Há aqueles que chegam com força de um furacão nível IV e que sabemos imediatamente que queremos ter sempre por perto.
Há ainda aqueles que chegam devagar, como as ondas do mar quando a maré vaza, mas que permanecem sempre seja em diálogos silenciosos ou em conversas infinitas.
Há os improváveis - aqueles a quem torcemos o nariz ao primeiro olhar mas sem quem já não imaginamos a partilhar uma ocasião especial.
Há os foliões, que riem por tudo e por nada conseguindo arrancar um meio sorriso no meio da tempestade.
Há os que estão a meio da subida, não por escárnio ou vaidade mas apenas para te lembrar que parte do caminho é teu, mas que terás sempre alguém para te acompanhar, basta pedires.
Todos eles, sem a menor excepção, tornam os nossos dias melhores, mais leves, menos solitários. Todos eles nos fazem pensar como era a vida antes da sua chegada, sem nos lembrarmos exactamente dessa fracção de tempo.
Todos eles me fazem agradecer, todos os dias, não só o facto de existirem, mas também por me permitirem fazer parte da vida deles.
Dizem que os amigos dão vida e cor aos nossos dias. E eu posso garantir: tenho os melhores pintores do mundo comigo.