Porque me traíste tanto?
É esta música, d'A Naifa, que me ocorre quando me lembro de ti e do nosso passado conjunto.
Foi um passado bonito, de companheirismo, de confiança que cega e parvamente depositei em ti.
Sempre que precisei do teu consolo, estavas lá, sempre pronto e disponível, prometendo nunca me deixar sozinha, com falinhas mansas de quem sabe vender o que lhe adita. Eu, a idiota, em ti acreditei, deixando-me levar pelas tuas cantigas.
E o que fizeste tu? Cobardemente me abandonaste. Logo quando mais precisava de ti.
Ainda não consegui perceber porque o fizeste, afinal, sempre te fui fiel, nunca te troquei por outro qualquer cujo efeito fosse similar, nem sequer pelo genérico. Sempre ali, fiel à premissa do "amigos para sempre".
Amigo da onça, foi o que me saíste!
Mas fica sabendo, que a vingança é um prato que serve frio.
Muito frio.
Gelado.
É que sabes, eu encontrei outro. Muito melhor do que tu. Que te suplanta em todos os sentidos. Ou estavas à espera que aguentasse estoicamente até ao fim da tua ausência?
Empurrei-te para bem longe da gaveta onde moravas, para não ter mais que encarar a tua trunfa traidora. Fechei-te num saquinho bonito, verdinho cor da esperança, e entreguei-te na farmácia mais próxima. Sem ressentimentos, mas não te quero mais.
Por isso...
Adeus, Aerius.
Olá doçura! =)