Comecei a ver dois minutos depois da hora e achei que já tinha perdido a emoção. Não sei, honestamente, o que mais gostei no episódio: se do olhar perdido do Rick - via-se perfeitamente que o homem estava do avesso, cogitando um plano sem nunca encontrar o correto; se dá perserverança e resignação do Abraham quando lhe é apontada a Lucille; se do próprio Negan. Caraças, que vilão! Tão bom, tão perversamente engenhoso, que juro que até eu prometi baixinho que o abastecia, respondia por ele e tudo e tudo. Uma grande, grande, salva de palmas para Jeffrey Dean Morgan! Que grande papel, que brilhante representação!
Não há muito mais para dissecar, o Abraham foi-se, seguiu-se o Glenn, num momento em que temi que fosse o Daryl, a viagem com o Rick foi alucinante e engenhosa. Enfim, só há elegios e emoção. Por falar em emoção, quem também fechou os olhos naquela cena épica do machado? Mesmo já sabendo que provavelmente aquilo não passava de um teste (tal como aquele a que Deus submeteu Abraão quando lhe pediu que sacrificasse o seu único filho em Seu nome. Mais uma brilhante analogia, a propósito) foi mais forte que eu: fechei os olhos com força e ia abrindo ora um ora outro, na expectativa de quem quer ver sem assistir.
VI algumas pessoas queixarem-se da violência e realismo do episódio. Alminhas, a série é para maiores de 16, estava assinalada com dístico vermelho, como sempre esteve, aliás. Queriam o quê? Ramos de flores? O homem tinha um bastão com arame farpado, era lógico que ia provocar estragos. Se o Glenn podia ter ficado sem um olho a saltar? Podia, mas isso era Fear the Walking Dead, não esta série. É é por isso que eu digo e voltarei a dizer as vezes que forem necessárias :Walking Dead não é uma série de zombies. É uma série de humanos. Dos melhores aos mais perversos. Dos mais inteligentes aos mais espertos. Walking Dead é uma série sobre ser-se Humano no limite de sobrevivência. O melhor e o pior, o mais forte e o mais fraco ali, a nu. Dissecados, explorados até ao limite. Se não têm maturidade suficiente para perceber isto, então talvez não devessem ver a série. Não a compreenderão na totalidade. É também por isso que me custa, dói - me até, que crianças ou pré adolescentes a vejam: o que vêem, o que assimilam é a violência gratuita, o banalizar da morte. Não têm maturidade suficiente para ver além disso.
Mas já estou a divagar... Voltando à serie: nada mais será igual, esqueçam os mortos vivos, os produtos de sobrevivência básica , os grupos rivais. Ou Negan tem o que precisa ou alguém morre. Eu, muito honestamente, espero que dure algumas temporadas, já fazia falta um Vilão assim, com V grande.
Vi esta manhã aquele que julguei ser o último episódio de Walking Dead. Fiquei deveras zangada, não se termina assim um episódio, no meio de balas perdidas, sangue desconhecido, pessoas perdidas. Se me mandassem esperar até outubro para saber o que aconteceu, teria que virar para as unhas dos pés, as das mãos jamais aguentariam tanto mês sem apocalipse. Mas eis que, quando já tinha este post alinhavado, percebo que não, que afinal só temina para a semana e com um episódio de 90 (NOVENTA!) minutos.
No entanto, o que para aí não falta são teorias e a Caracol também tem as suas.
Lançamos os dados?
Cenário 1
O Daryl morre.
Não especulamos mais nada, a morte de semelhante artista é uma tragédia completa, o resto do episódio será visualizado por entre torrentes de lágrimas e esgotaremos o stock de lenços de papel.
Cenário 2
O sangue é do outro fulano.
Não consigo perceber quem terá disparado, mas aposto todas as fichas no Morgan. Ou na Carol. Pensando melhor, aposto na Carol.
Dá-se um combate épico, onde todos regressam felizes - e a precisar de um bom banho - a Alexandria.
Cenário 3
Aquele que me parece mais provável.
O sangue é do Daryl, que será atingido numa zona não letal, o que lhe permite dar uma valente coça a uns quantos sacanas.
O Morgan junta-se à festa, perde o paleio de pregador (que tanto aprecio) e ajuda no resgate da malta, ou não perde o paleio de pregador e leva os moços para a cave, numa tentativa de os reconverter em humanos.
A Carol morre, para grande pena minha. Que mulher caraças! Viram como limpou o sebo aqueles bandamecos? Poderosa, a Carol. Uma pena se deixar de existir.
Não esqueçamos Alexandria:
A Magigie perde a criança, parece-me um fado certinho.
O gajo que se safou às balas da Carol está na bagageira do carro de Rick e vai dar-lhes que fazer, escutem o que vos digo, que já vejo isto há anos.
E então, apostamos?
Um pequeno aparte: será que o grupo de Rick é o "bonzinho"? É uma pergunta que me atormenta desde que decidiram limpar o sebo aos Salvadores, sem mais nem porquê. Ok, eu percebo a questão da sobrevivência, mas matar assim, a sangue frio, só pelos mantimentos, parece-me... Mau. Errado. Porque no fundo, quem tem razão é o Morgan quando prega que toda a vida é preciosa.
As expectativas estavam altas, os episódios anteriores foram brutais e o último deixou-nos ali com aquele nervoso miudinho e uma vontade danada de trucidar Sam.
Talvez por ansiar demasiado e ler alguns spoilers especular o que iria acontecer a partir daquela cena final, fiquei um bocadinho poucochinho desiludida com o episódio de ontem.
Aquele plano de irem à pedreira, que se viu logo que iria correr mal quando Sam disse que não queria ficar com o padre, momento onde senhora sua mãe lhe deveria ter afinfado duas lamparinas para perceber quem mandava ali, mas não, lá vai o miúdo, meio passado da mona, a suar em bica e certamente sem lhe caber um feijãozinho lá naquele sítio. Às custas dele, morre a mãe, a irmão e o Carl ainda leva com balázio no olho! Era ou não era de lhe dar um par de estalos? Rais parta o puto, pá! (Aplauso para o ator que lhe dá vida. E ao irmão também. Não é fácil odiar crianças, nem conseguirem transmitir esse sentimento para o espectador.) A cena sangrenta pecou pela letargia de Rick e pela inatividade dos mortos-vivos. Então o pessoal ali a falar, a tentar que o moço se mexa e eles não dão conta? Só dão conta dele e da mãe? Um bocadinho surrealista, não? E o Rick a correr com Carkl nos braços, tentando do desesperadamente leva-lo para a enfermaria? A Michonne limpou-lhe o caminho, querem lá ver. Ok, eu sei que os zombies são lentos, mas um bocadinho mais de de realismo à coisa, não tinha ficado mal.
E o Glenn? É a segunda vez que quase choro a sua morte. Acho que não escapa a uma terceira, ou terá tantas vidas como um gato?
As melhores partes do episódio: a união dos sobreviventes tentando aniquilar os intrusos, mesmo sabendo que estariam em sério riscos de ficar pelo caminho, o rio em chamas, atraindo os mortos-vivos para a sua luz de extermínio e a mudança do Lobo, foi subtil, mas esteve lá, senão porque teria voltado para trás?
No geral,diria que foi um bom episódio, com ação suficiente para nos fazer vibrar de expectativa pela cena seguinte. Só falhou mesmo na parte em que Sam, a mãe e o irmão passam a ser refeição, achei um bocadinho forçado, mas lá está, já tinha lido isso em spoiler, daí talvez não conseguir ficar surpreendida.
E por aí, mais alguém viu? Também ficaram um nadita desiludidos? Ou adoraram?
Eu já tinha planos para o dia dos namorados. Eu tinha. Até fazer melhor as contas e perceber que o raio do dia é domingo. Domingo, pessoas!
Como disse, eu tinha planos, incluiam sangue, cadáveres em decomposição e emoção. Montes de emoção. Paletes de emoção. E pipocas. Do Pingo-Doce, que são bem boas. Isto até perceber que o dia 14 é um domingo. E eu que o esperava numa segunda feira! Ora bolas! E agora? Que vamos fazer nesses dia? Jantar fora num restaurante barulhento, apinhado de casalinhos que escorrem mel? Vamos ao cinema, esse local em que muitos casalinhos levam demasiado à letra o "no escurinho do cinema"? O drama, o horror, a desilusão.
Mais 24 horas para saber quem vai calar o chavalo. Eu, por mim, dava-lhe uma lamparina naquela tromba, a ver se aprendia ou não que significa o silêncio.
A começar logo ali, aos primeiros minutos, com montes de zombies a invadirem a prisão, rodeando o tanque esquecido e abandonado, um cavalo exangue, decompondo-se no meio da erva. Lembrou-nos alguns episódios da primeira temporada, uma nostalgia boa que nos faz prever uns episódios em pêras!
Adorei o Carl neste episódio. A fúria contra o pai por os ter mantido aprisionados a um sonho que não existia: um lugar seguro. O ensinar a plantar couves, ao invés de ensinar a sobrevivênciaO ataque directo e revoltado, acusando-o de nunca salvar ninguém, nem a mulher, nem a filha. Só o achei um bocadinho "cobarde" ao dizê-lo enquanto Rick estava inconsciente. Mas, talvez fosse mesmo só pelo desabafo e não por o sentir verdadeiramente. Aliás, ele recua bastante na sua posição de eu-sou-mais-forte-do-que-tu-e-não-preciso-de-ti-para-nada, quando se apercebe da possibilidade do pai ser um morto-vivo. Parei de respirar nessa cena, temendo que Carl lhe desse um tiro. Mas não... Ufa!E o seu humor ao escrever na porta: "Morto-vivo aqui dentro. Apanhou o meu sapato, mas não me apanhou!" Muito bom!
Foi muito, muito bom, conhecer a Michonne. Afinal, ela não é desprovida de sentimentos. Cheguei a pensar que sofresse de Sindrome de Aspenger. Se bem que tal fosse improvável, face à reacção com Judith e ao instinto protector que tinha com Carl. Gostei mais dela e quero conhece-la melhor, saber quem era o bébé das memórias e o que lhe aconteceu. E aqueles dois homens? Seriam os mortos-vivos de estimação que passevam com ela no começo?
Só houve uma falhazita: Fox, o Carl estava a comer pudim e não molho. Seria estranho uma pessoa engolir 3 litros de molho do que quer que fosse.
Eu sei que pareço insensível, uma fulana fria como a noite, que não abana nem com o pior dos tufões que por ela passa, em suma, uma gélida do pior. É quase verdade, é preciso muito, mesmo muito, para conseguir que o meu canal lacrimal transborde pálpebras fora, mas a verdade é que quase chorei ao ver o último episódio, deste ano, de "The Walking Dead". E porque quase chorei eu, a ver uma série onde se enfiam balázios na fronte de mortos-vivos, perguntam vocês almas insensíveis? Em primeiro, porque foram precisos oito - sim, oito!- episódios para a série voltar a ter aquele fulgor, a acção que a caracteriza e há já algum tempo vem perdendo (quase desde o meio da temporada anterior). Confesso, sou uma enoooorme fã da série - daquelas que vêem todas a s temporadas anteriores durante o verão - mas esta quarta temporada estava tãããão mortiça, para ser simpática e não dizer algo aborrecida, porém, no meu parecer, redimiu-se e bem com este oitavo episódio. E Rick sempre no seu melhor, enquanto líder! Juro que por (ínfimos) segundos, pensei que fossem todos co-habitar pacificamente na prisão (o que nos levaria à monotonia e consequente final da série) e eis que... Quase choro novamente quando o malvado do Governador limpa o sebo ao Hershel. Assim, num momento baixa o sabre e no seguinte zás!, fica o Hershel a sangrar por todas as veias do pescoço... Não foi justo, não o Hershel, que era a bondade, a sensatez, o mediador do grupo. Se ele queria cortar o pescoço a alguém, ao menos que fosse à Michonne! Não foi ela que lhe inutilizou um olho?! Está bem, está bem, o Hershel teve muito mais impacto e transtornou bem mais o Rick, mas mesmo assim... Vai ser daquelas perdas difíceis de ultrapassar, mais ainda do que a Lori. Agora, o que me emocionou mesmo - e não é fácil tal acontecer, muito menos numa série - foi a cadeirinha ensanguentada de Judith. Que raio aconteceu à bebé?! Será que foi devorada por mortos-vivos? Se foi, porque não mostraram ou aludiram a isso? Ou será que algum sobrevivente, com as mãos sujas de sangue, a terá levado dali? Hmmm, ficam as dúvidas, mas espero, sinceramente, que a Judith não nos tenha deixado. Ela é o legado de Lori, a sua escolha, foi-lhe dada a hipótese de sobreviver, sem conhecer a mãe, porque esta assim o decidiu. Judith é a Esperança de Walking Dead. A Esperança de que é possível criar um mundo melhor no meio do caos. Por favor, senhores produtores, não a matem, não destruam a bonita personagem que criaram. Por fim, e depois de quase ter utilizado lenços de papel, sorri. Sorri com expectativa do que aí virá, em Fevereiro. Sorri porque, mais uma vez, a série mostra o poder de Andrew Lincoln enquanto actor dramático. Se a sua interpretação aquando a morte de Lori foi fantástica, neste episódio, e em particular quando descobre a cadeirinha da filha, foi soberba. O crescimento que Chandler Rigs tem trazido a Carl, também é digno de nota e merecedor de um pequeno aplauso. Oh, e é claro, graçá deus - e ao Governador, é inegável - vamos ter mudança de cenário na restante temporada! Yuppiiii! Já estava saturada de tanto betão e grades e blocos de celas! Resta-nos esperar, com moderada ansiedade, por Fevereiro e os novos dramas que se avizinham. Até lá, vamos rever tudo, outra vez! (Ou talvez não...)
Adeus Hershel! Foste brilhante, a Alma num mundo que em nada acredita a não ser balas, tanques e granadas. A série irá continuar sem ti, mas não será, certamente, a mesma coisa!
Por favor, santinhos da séries, que isso não tenha acontecido!