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A Caracol

Um blogue pseudo-humoristico-sarcástico. #soquenão #ésóparvo

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Desafio - Uma paixão chamada livros #1

Top 5 cinco livros lidos

 

Não foi uma escolha difícil, ao contrário do que poderia imaginar.

Ora aí vai disto:

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Karen Rose é das minhas autoras de suspense/trilher preferidas. Com este Não Contes a Ninguém, arrecada o quinto lugar no meu coração literário.

A história é bastante simples: Mary Grace Winters é vitima de violência doméstica pelo marido. Mary não vive, como qualquer vitima, sobrevive, vai resistindo uma e outra vez às agressões - cada vez mais violentas - do seu carrasco. E não, ela também não pode contar com a policia, já que Roger é um agente da autoridade. Com medo constante e angustiada pelo futuro que o filho de ambos poderá ter, Mary engendra uma fuga, cuidadosamente preparada, para tentar recomeçar noutro lugar, longe de Robert.

É um livro que se lê bem, não é precisa muita concentração, mas consegue prender-nos página atrás de página, numa ânsia de saber quando - ou se - voltam a encontrar-se. E sim, posso adiantar-vos que sim, ele encontram-se novamente, não faria sentido se tal não acontecesse.

Uma história que poderia ser real, que se poderá assemelhar a muitas que se escondem entre paredes, por retratar de forma credível - acrescentaria um bocadinho exagerada, mas que há loucos, lá isso há - esta realidade, entra nesta contagem, sem dúvida.

 

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 Numa altura da minha vida em que comecei a questionar algumas aprendizagens, Saramago pergunta-me: "E se amanhã ninguém morresse?"

Não foi preciso mais, ganhou logo a batalha e veio comigo embora. E se, de facto, já me tinha colocado imensas vezes essa questão, nunca vi a resposta da mesma forma que ele. Nunca imaginei pilhagens de corpos moribundos cuja hora jamais chegaria, nem cemitério de vivos que pediam a morte, numa agonia constante, como se de um milagre se tratasse. É tenebroso, em algumas partes partes mais descritivas um bocadinho nojento, no entanto faz o seu sentido. Sou suspeita, porque curto Saramago (embora só ainda tenha lido duas das suas obras), mas gostei mesmo muito e recomendo.

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Noah Gordon conquistou-me com este livro. Pela facilidade com que se lê, pela descrição tão perfeita da medicina medieval, pela coragem do protagonista, por tudo. Um livro que devorei com prazer, da primeira à ultima página.

Relata a vida de um jovem cristão que pretende chegar a Físico, o mais alto cargo na medicina naquela época. Aprendiz com um barbeiro da sua região, Rob inicia a viagem que mudará a sua vida. Na ânsia de aprender mais, espera poder ingressar a escola de medicina de Avicena, na Pérsia, sem perceber que poderá ter que deixar a sua identidade para trás. Avizinham-se escolhas difíceis, segredos bem guardados, tudo por um bem maior: conhecimento.

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 É fácil gostar d' O Principezinho. Tão bela, simples e rica é a sua história, capaz de trazer para o mundo do imaginário o mais duro dos adultos.

Dispensa apresentações. =)

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 O primeiro lugar do meu top. Não costumo gostar de biografias, mas esta é A biografia. A biografia de uma doença terrível, cujo nome ainda nos causa arrepios na espinha. Uma doença que tem talvez tantos anos, quanto o Ser Humano, que não se deixa apanhar com facilidade, que prepara com mestria de caçador a sua emboscada. Siddhartha, oncologista de profissão, conta-nos de forma brilhante a história do cancro. Desde os primeiros diagnósticos, que remontam há uns milhares de anos, até à imunoterapia dos dias que correm, passando pela descoberta das primeiras quimioterapias, das radioterapias, dos meios de diagnóstico, da sintomatologia. Tudo.

Sem grandes termos técnicos, de leitura fácil e acessível, com alto grau de conhecimento, sem pretensas ou snobismos.

Valeu-lhe um Pulitzer, em 2011.

Deixo-vos esta citação, que me ficou gravada a ferros:  "Tratar um doente com quimioterapia, assemelha-se a bater num cão com um pau para lhe matar as pulgas." Horrível, não é? Eram assim os primeiros tratamentos com químicos. E, apesar de muito evolução e muito medicamento eficaz para combater efeitos secundários, acredito que ainda hoje assim seja.

Não me alongo mais, senão ainda me desbronco toda e desato a contar-vos tudo e isso não pode ser. =)